Em uma recepção para jornalistas internacionais no Palácio do Eliseu, nesta segunda-feira (22), Emmanuel Macron reconheceu que considerou uma loucura a ideia de fazer a cerimônia de abertura dos Jogos de Paris pelos cartões postais da cidade.
"É uma ideia louca, pensamos no começo, mas vamos entregá-la", afirmou o presidente francês, com um sorriso de cumplicidade em direção a Tony Estanguet, o executivo principal dos Jogos.
Macron repetiu pelo menos três vezes, durante um discurso de pouco mais de dez minutos, o bordão "escolham a França", parte de uma campanha internacional pela imagem de seu país e de seus produtos.
Também presente à cerimônia, Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), disse que Paris recebe atletas refugiados e de países em conflito para enviar um sinal eloquente para o mundo. "Isso é uma coisa que só o esporte consegue fazer", afirmou o dirigente.
Macron repetiu alguns dos feitos prévios de Paris-2024, como a marca de Jogos mais sustentáveis da história, e disse que isso "não acaba" na sexta-feira (26).
A abertura organizada no centro da capital francesa, com desfile de atletas em barcos pelo rio Sena, é uma operação complexa, pois não conta com o ambiente controlado de um estádio. Com chefes de Estado e grande número de atletas, a cerimônia é o momento de maior risco dos Jogos, segundo especialistas.
Não à toa, a presença de forças de segurança nas ruas é maciça. O governo francês emprega 45 mil agentes na cidade nesta semana.