O clássico entre Goiás e Vila Nova, que terminou com vitória alviverde por 1 a 0 no último domingo (29), foi decidido por um jogador que pode ser considerado coadjuvante. Felipe, porém, tem em seu histórico participações decisivas no seu ex-clube, o Fortaleza, é considerado um ídolo no Leão do Pici e chegou ao clube esmeraldino como candidato a titular e com potencial para ser um dos principais nomes do meio-campo titular da equipe goiana.
Todos os dias de treino no Goiás, Felipe, de 28 anos, é um dos últimos jogadores a sair do campo. Costuma treinar cobranças de faltas após as atividades táticas e o resultado de sua dedicação pôde ser vista no clássico. Foi em uma cobrança de falta da intermediária que o volante marcou o primeiro gol dele pelo time esmeraldino, que decidiu o duelo contra o Vila Nova pela 6ª rodada do Goianão.
No clube goiano, Felipe é considerado um jogador dedicado e “resenha”. Tem perfil semelhante a jogadores como o lateral esquerdo Sander e o volante Zé Ricardo, que são atletas experientes, vencedores, que construíram carreiras após atuar durante anos em uma equipe e optar por ter um novo desafio. Todos são definidos como jogadores comprometidos e focados.
Felipe é natural do município de Maranguape, que fica a cerca de 35 minutos da capital Fortaleza. Foi em sua cidade natal que o volante começou a jogar futebol. Seu “apelido”, inclusive, surgiu na cidade cearense.
É que Felipe não chama Felipe. O nome completo do camisa 15 do Goiás é Luis Antonio Ferreira Rodrigues. Uma tia dele sugeriu para os pais do jogador que o nome dele fosse “Antonio Felipe”. O desejo dos pais, porém, era registrar o atleta como “Luis Antonio”, o que ocorreu, mas sua tia sempre o chamou de “Felipe”, que acabou se tornando apelido e como o atleta se tornou conhecido no futebol.
Antes de fazer sucesso pelo Fortaleza e chegar ao Goiás, Felipe jogou no extinto Uniclinic, hoje chamado de Atlético-CE, e atuou no clube que leva o nome da sua cidade, o Maranguape. Depois que chegou ao Leão do Pici em 2015, se tornou o jogador que é hoje.
Ídolo no tricolor
Na equipe tricolor, Felipe é considerado ídolo. Participou de oito temporadas seguidas, disputou 291 jogos, marcou dez gols e distribuiu 14 assistências. Pelo Fortaleza, conquistou dez títulos e participou dos acessos do Leão do Pici da Série C à B (em 2017) e para a elite do Campeonato Brasileiro no ano seguinte. Felipe fez história saindo da 3ª Divisão Nacional para disputar a Libertadores pelo time cearense.
Felipe disse, em sua apresentação e depois da vitória sobre o Vila Nova, que tem o desejo de ajudar o Goiás a conquistar o Campeonato Goiano após quatro anos. Desta forma, quer iniciar sua trajetória pelo time esmeraldino como campeão, algo que se acostumou a ser no Fortaleza.
Dos reforços do Goiás para 2023, Felipe foi o que assinou contrato mais longo, de duas temporadas. Quando negociou com o clube esmeraldino, o desejo de um vínculo mais longo foi feito pelo atleta e aceito pela equipe goiana, que vê potencial no jogador de criar raízes em Goiânia e se tornar um jogador identificado com o alviverde e a cidade.
Primeiro ou segundo volante, Felipe costuma participar das fases defensivas e ofensivas. Em sua apresentação se definiu como “meio-campista moderno”.
Desde o começo da pré-temporada, Felipe aprimorava sua condição física e estreou pelo Goiás na última semana. O debute ocorreu na vitória de 2 a 1 sobre o Iporá, na 4ª rodada, no estádio Ferreirão. Voltou a ser titular no clássico e se tornou um dos destaques da partida ao marcar o gol da vitória esmeraldina no duelo.
Fisicamente bem, o jogador é candidato a ser titular no meio-campo do Goiás ao longo da temporada. O próximo compromisso da equipe esmeraldina será diante do Inhumas, nesta quarta-feira (1º), a partir das 15h30, pela 7ª rodada do Goianão.