O Atlético-GO passou, nos últimos meses, por uma troca no modelo de gestão, que incluiu até a mudança no cargo de presidente executivo do clube, que deixa de ser Adson Batista e passa a ser Valdivino de Oliveira. Isso ocorreu para o rubro-negro passar a operar como Saf (Sociedade Anônima do Futebol), também adotada por outras agremiações do País.
Nesta quarta-feira (12), chamou a atenção no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF a transferência de contratos de jogadores e de alguns membros da comissão técnica (nos dois casos, tanto da base quanto do profissional). Cerca de 180 atletas tiveram o migração jurídica dos vínculos.
Nos próximos dias, o nome do clube deve aparecer na tabela de classificação da CBF como Atlético Goianiense Saf, assim como Atlético Mineiro Saf, Cruzeiro Saf, Vasco da Gama Saf e Cuiabá Saf.
Adson Batista renunciou ao posto de presidente executivo da e passou a ser o presidente do Atlético Goianiense Saf. Ex-presidente e um dos homens fortes do clube, Valdivino José de Oliveira, que era vice de Adson, assume novamente a presidência da associação, o Atlético Clube Goianiense, que tem sócios e responde pelo patrimônio.
A gestão do futebol e outras decisões atleticanas continuam com Adson Batista, que anunciou estar em negociações para atrair investidores.
O clube goiano, segundo Adson Batista, se encontra aberto a investimentos no futebol. Em entrevista após o empate (2 a 2) com o Corinthians, Adson Batista anunciou negociações com um grupo de investidores para a contratação de reforços do mercado sul-americano no período de janela de transferências de jogadores. O dirigente também revelou a migração dos contratos de atletas da base e profissionais para o Atlético Goianiense Saf.
“Tem um fundo de investimentos que acredita no Atlético-GO”, disse o dirigente, ressaltando que o clube negociará o controle acionário, mas vai buscar parceiros. “O Atlético-GO não vende a Saf, o Atlético-GO não vende o clube”, falou.
“Há uma ideia de que, de repente, nós conseguiremos trazer três jogadores sul-americanos porque não há no futebol brasileiro ou os que têm já fizeram sete jogos (na Série A). É um investimento alto para os nossos padrões”, avisou Adson Batista, sem revelar quem são os investidores nem os valores que podem ser investidos. O dirigente ressalta que o grupo que comanda o Dragão “é definido” e, assim, a gestão continua sob controle dos atuais dirigentes.
“A expectativa é que melhorem os investimentos no clube e que possa crescer ainda mais”, comentou o diretor jurídico Marcos Egídio. Segundo ele, a Saf do Atlético-GO começou a ser preparada em 2021, quando a Lei da Saf foi aprovada pelo Congresso Nacional.
“Apareceram alguns casos de (investidores) interessados, mas nada interessante”, explicou. Marcos Egídio ressaltou que, por enquanto, a Saf é “100% do Atlético-GO” e que pode haver, também, investimentos na ampliação do Estádio Antônio Accioly. Um dos atrativos é o fato de que o clube “não tem dívidas” e vive processo de crescimento nos últimos anos no futebol.