O Atlético-GO voltou a ser derrotado no Campeonato Brasileiro. Na noite desta quinta-feira (18), no Estádio Nilton Santos, no Rio, na primeira vez em que atuou fora de casa, no gramado sintético do Engenhão, o Dragão acabou derrotado pelo Botafogo, por 1 a 0, com gol solitário do uruguaio Mateo Ponte para o time da Estrela Solitária.
Pela 2ª rodada da Série A, o time goiano novamente mediu forças contra uma equipe carioca. Na rodada de abertura, perdeu para o Flamengo, em casa, mas jogando no Serra Dourada, por 2 a 1.
Depois de dois reveses, o time atleticano precisa se reabilitar na competição e volta à sua casa, no Estádio Antônio Accioly, onde recebe o São Paulo no próximo domingo (21). Os dois clubes perderam as duas partidas, até agora, na Série A. O São Paulo atravessa a primeira crise nesta temporada e demitiu nesta quinta-feira (18) o técnico Thiago Carpini.
Próximo jogo
O Atlético-GO não desafinou nas duas rodadas iniciais do Brasileiro, mas sabe que na elite nacional não basta apenas chegar como convidado. Precisa entrar na festa e mostrar brilho próprio. O time atleticano terá o terceiro adversário de peso na competição – o São Paulo, sob cobranças e em crise após derrotas duplas, de 2 a 1, para Fortaleza e Flamengo. Um interino deve comandar o tricolor em Goiânia.
O Dragão terá o retorno de Jair Ventura, após suspensão, à beira do gramado. O treinador terá a sexta-feira (19) e o sábado (20) para fazer ajustes rápidos, além de esperar pela recuperação do zagueiro Adriano Martins, que está com um corte de sete centímetros na testa e dificilmente volta.
O técnico também aguarda a recuperação do volante Gabriel Baralhas, que teve um corte no rosto. Os dois dias são mais para a recuperação de jogadores do que para fazer ajustes.
Na 3ª rodada, é certo que o Dragão precisa se reabilitar. Afinal, foi ao Rio para buscar bom resultado, sem a dupla de zaga titular. Mais experientes, Luiz Felipe e Pedro Henrique foram os substitutos de Alix Vinícius, expulso no primeiro jogo, e Adriano Martins, que se recupera.
No primeiro tempo contra o Botafogo, antes dos 20 minutos, os dois zagueiros haviam recebido cartões amarelos. O Dragão não se encontrou na etapa inicial. Poucas vezes criou chances de gol. O time atleticano não estranhou o piso artificial, o sintético do Engenhão, mas não repetiu as boas atuações das partidas anteriores no Rio.
No Botafogo, o técnico português Artur Jorge, em início de trabalho, surpreendeu ao tirar do time o artilheiro Tiquinho Soares – 40 gols em 84 jogos – e trocá-lo pelo jovem Matheus Nascimento. Porém, Matheus se contundiu e foi substituído pelo experiente goleador aos 24 minutos. Tiquinho Soares entrou, logo depois também foi amarelado. A equipe carioca era previsível até 30 minutos. Pouco atacou, até então.
Foi na jogada bem articulada pela direita que o alvinegro abriu o placar no primeiro tempo. Luiz Henrique trabalhou o lance com Júnior Santos. O uruguaio Mateo Ponte, de 20 anos, acompanhou, chutou de primeira e acertou o canto de Ronaldo – 1 a 0, aos 31 minutos.
O time alvinegro foi superior no restante do primeiro tempo, não deixou que o Atlético-GO jogasse e esteve mais perto de ampliar o placar.
No segundo tempo, o Botafogo manteve o nível da etapa inicial. Continuou criando boas chances, mas as perdia. O Dragão avançou as linhas, apostou nos atacantes Vagner Love e Yony González. Teve um susto, assim que Gabriel Baralhas teve corte no rosto. O volante se recuperou e voltou a campo.
Na melhor oportunidade atleticana, a conclusão de Vagner Love parou em Gatito Fernández. O Botafogo, mesmo sofrendo com gols e derrotas doloridas após os 40 minutos do segundo tempo, segurou a pressão e assegurou a vitória.
FICHA TÉCNICA
Botafogo: Gatito Fernández; Ponte, Lucas Halter, Bastos e Hugo; Gregore (Danilo Barbosa), Tchê Tchê e Jeffinho (Óscar Romero); Luiz Henrique (Savarino), Júnior Santos (Patrick de Paula) e Matheus Nascimento (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge
Atlético-GO: Ronaldo; Bruno Tubarão, Luiz Felipe, Pedro Henrique e Guilherme Romão; Rhaldney (Yony González), Gabriel Baralhas e Shaylon; Alejo Cruz (Vagner Love), Emiliano Rodríguez (Derek) e Luiz Fernando (Max). Técnico: Emílio Faro (interino)
Local: Estádio Nilton Santos (Engenhão, no Rio-RJ). Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP). Assistentes: Neuza Inês Bach (Fifa/SP) e Daniel Paulo Ziolli (SP). VAR: José Cláudio Rocha Filho (VAR-Fifa/SP). Gol: Mateo Ponte (31'/1ºT)