Poderia ser a noite da redenção do Atlético-GO, mas um gol sofrido no final da partida foi o suficiente para trazer novamente a pressão para cima do clube, que ficou no empate de 1 a 1 contra o Juventude-RS, na noite desta terça-feira (23), no Estádio Antonio Accioly lotado pela torcida atleticana.
Zé Roberto abriu o placar aos 16 minutos do segundo tempo, mas, em jogada com a participação dos ex-atleticanos Chico e Ricardo Bueno, o time deu mole na marcação e viu Ricardo Bueno fazer o gol de empate aos 43 minutos.
O Dragão chega a sete partidas sem vitória na Série A - são três derrotas e quatro empates seguidos -, sequência que deixa o time com 41 pontos, ameaçado de descenso e na obrigação de vencer a Chapecoense, nesta sexta-feira (26), em Chapecó (SC). Foi decepcionante para os torcedores atleticanos.
Na noite de calor e sem chuva em Goiânia - pelo menos no horário do jogo -, o Antonio Accioly estava lotado e teve o maior público do futebol goiano no período pós-pandemia - 9.051 pessoas. A promoção da diretoria atleticana (ingressos a 5 reais) surtiu efeito e a torcida apareceu para empurrar o time, carente de vitórias na Série A e fazendo de cada jogo uma decisão para afastar o risco de descenso.
O Atlético-GO recebeu o Juventude pressionado pela necessidade de vencer na Série A. Antes do jogo, o Dragão vinha de três derrotas e três empates. Aliás, empatou três vezes seguidas nos últimos jogos: com Santos e América-MG (ambos de 0 a 0) e Ceará (1 a 1). O time gaúcho subiu de produção e pontuação nas últimas seis rodadas, nas quais obteve dois empates, três triunfos e um revés de 2 a 0 para o Atlético-MG, favorito ao título da Série A do Brasileirão.
O Atlético-GO foi um misto de equipe pressionada e, ao mesmo tempo, que soube pressionar o adversário no primeiro tempo. O Dragão articulou boas jogadas de ataque, mas pecou naquilo que é o principal problema do time na Série A: a conclusão efetiva, que se traduz em gol.
A equipe atleticana teve chances claras de abrir o placar, mas parou nas defesas do goleiro Douglas e nas conclusões para fora. Janderson e André Luís pelo menos arriscaram, mas não conseguiram abrir o placar.
O Dragão ainda teve um contratempo na etapa inicial, quando o goleiro e capitão Fernando Miguel teve um mal-estar e teve de ser substituído por Luan Polli.
Prenúncio de uma noite de problemas para superar o Juventude, recuado no campo de defesa, à espera de encaixar algum contra-ataque para buscar o gol.
Como o Dragão não fez gol, o tempo passou a conspirar contra o clube na etapa complementar. Nada de a bola entrar. O Juventude se soltou um pouco mais, levou perigo em alguns lances. O Dragão se desarticulou. Não criava nem se defendia com segurança.
Marcelo Cabo mudou o ataque. Entraram Ronald e Zé Roberto. Deu certo, pois na primeira vez em que tocou na bola, Zé Roberto fez as pazes com as redes. Na área, o goleador atleticano limpou a marcação e desencantou. Atlético-GO 1 a 0, aos 16 minutos do segundo tempo.
O time goiano foi pressionado em alguns lances, mas segurava a vantagem até o final, quando Chico avançou e deixou Ricardo Bueno em condições de empatar - 1 a 1, aos 43 minutos.
FICHA TÉCNICA
1 Atlético-GO: Fernando Miguel (Luan Polli); Dudu (Arnaldo), Eder, Pedro Henrique, Arthur Henrique (Igor Cariús); Willian Maranhão, Marlon Freitas, André Luís (Ronald) Janderson, Brian Montenegro (Zé Roberto), João Paulo. Técnico: Marcelo Cabo
1 Juventude: Douglas Friedrich; Michel Macedo, Vitor Mendes, Rafael Forster, William Matheus (Chico); Jadson (Bruninho), Dawhan (Rafael Bilu), Guilherme Castilho e Wescley (Capixaba); Ricardo Bueno (Roberson) e Sorriso. Técnico: Jair Ventura
Local: Estádio Antonio Accioly (Goiânia-GO). Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza/SP (Fifa). Assistentes: Daniel Luís Marques/SP e Evandro de Melo Júnior/SP. Árbitro de Vídeo: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral/SP (VAR-Fifa). Gols: Zé Roberto (16'/2ºt) e Ricardo Bueno (43'/2ºT). Público: 9.051 pessoas. Renda: R$ 42.825,00.