O técnico Tite tem quatro opções para substituir Neymar na sequência da Copa do Mundo. O craque do Brasil sofreu uma entorse no tornozelo na estreia da seleção brasileira contra a Sérvia e teve a lesão, nos ligamentos do tornozelo direito com um edema ósseo, confirmada nesta sexta-feira (25). A princípio, ficará fora dos dois jogos finais da fase de grupos diante da Suíça (na segunda-feira, 28) e Camarões (na sexta-feira, 2/12)
Entre os convocados, quatro nomes surgem como possíveis substitutos, mas apenas um, o atacante Rodrygo, tem característica semelhante ao jogo do Neymar. Os volantes Fred e Bruno Guimarães são outras possibilidades, e o meia Everton Ribeiro corre por fora.
Neste primeiro momento, Rodrygo larga na frente nessa disputa, mas tem, ao seu lado, Lucas Paquetá, que seria adiantado para fazer a função de Neymar no caso de Fred ser escolhido para entrar como volante.
“O Rodrygo tem sido treinado como opção para a posição, mas a alternativa que mais me agrada é a entrada de Fred com Paquetá fazendo a função de Neymar. É uma formação já testada e aprovada, inclusive em jogos”, opinou o jornalista do Sportv, André Loffredo.
O Brasil não mudará o estilo de jogo apresentado na estreia da Copa do Mundo se o técnico Tite optar por escalar Rodrygo na vaga de Neymar. O jovem atacante faz exatamente essa função no seu clube, o Real Madrid, e por isso é considerado o substituto ideal. Dessa maneira, se tornou protagonista na temporada passada e segue sendo versátil no ataque do time espanhol.
“Acho que a opção mais sofisticada é a entrada do Rodrygo, que ele (Tite) já usou na estreia. Pode ser uma escolha interessante porque é um cara que tem semelhanças de posicionamento (com Neymar). Se o Tite souber que o Neymar pode demorar mais para voltar, talvez use o Rodrygo para dar ritmo e para o time se entender. É um cara que desequilibra”, completou o jornalista do Sportv, Sérgio Xavier.
A entrada de Fred traz segurança defensiva para a seleção. Com essa opção, que foi muito utilizada por Tite durante o ciclo da Copa, o polivalente Lucas Paquetá faria a função de Neymar. O mesmo sentido teria a entrada de Bruno Guimarães.
Nesta opção, porém, Bruno Guimarães jogaria mais focado em melhorar a qualidade dos passes no meio-campo, auxiliaria o volante Casemiro nas saídas de bola, mas avançaria pouco para o campo de ataque, algo diferente do que ocorre com Fred atuando no setor, por exemplo.
Quem corre por fora, e dificilmente iniciará como titular, é Everton Ribeiro. No Flamengo, o meia tem como característica jogar mais recuado, iniciando jogadas junto dos volantes e zagueiros. Como é um pensador, Everton Ribeiro cresceu no clube carioca ao buscar mais bola, mas essa opção deixaria a recomposição defensiva do Brasil comprometida. Esse fator foi diferencial contra a Sérvia.
Como é sem Neymar
Algo que marcou o ciclo da Copa do Mundo foi o fato do técnico Tite ter conseguido manter o bom nível da seleção sem a presença de Neymar em campo.
Na era Tite, o Brasil jogou 24 vezes sem o craque e tem aproveitamento de 75% (16 vitórias, seis empates e duas derrotas). Os jogos foram por amistosos, Copa América e Eliminatórias para o Mundial no Catar.
“Neymar faz falta, não só por sua qualidade técnica, mas por ser uma referência mundial. É um jogador que causa preocupação ao adversário e facilita o trabalho dos outros jogadores. Mas, sem dúvida, o trabalho do Tite já mostrou o quanto o Brasil pode ser competitivo sem seu jogador de maior destaque mundial”, pontuou Loffredo.
No dia seguinte à lesão sofrida no tornozelo, Neymar se pronunciou pela primeira vez por meio de uma mensagem publicada no Instagram e disse que voltará para ajudar o Brasil na sequência da Copa do Mundo.
“Hoje, se tornou um dos momentos mais difíceis da minha carreira… e de novo em uma Copa do Mundo. Tenho lesão, sim, é chata, vai doer, mas tenho certeza que vou ter a chance de voltar porque farei o possível para ajudar meu país, meus companheiros e a mim mesmo. Muito tempo de espera para o inimigo me derrubar assim? Jamais!”, escreveu Neymar.