Esporte

Brasil x Coreia do Sul: com Neymar para etapa em que perder não é opção

Gabriela Biló / Folhapress
Neymar em treino da seleção brasileira na véspera do confronto contra a Coreia do Sul

Para o Brasil, chegou o momento em que perder não é opção. É vencer, no tempo regulamentar, prorrogação ou pênaltis, ou voltar para casa. Contra a Coreia do Sul, a seleção brasileira disputa o primeiro dos quatro jogos eliminatórios que deseja ter na busca pelo hexa. Nesta segunda-feira (5), a partir das 16 horas (de Brasília), os times duelam pelas oitavas de final da Copa do Mundo, no estádio 974, em Doha, no Catar. A principal notícia para o Brasil foi confirmada neste domingo (4) pelo técnico Tite: Neymar jogará contra a Coreia do Sul. O mistério mantido pelo treinador é se o craque começa como titular, mas a tendência é que ele esteja no 11 inicial do Brasil.

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“Ratificando, a gente paga o preço de ser melhor, o mais competente, mas não o da saúde. A escalação do Neymar tem o pressuposto de saúde e departamento médico. Deixar bem claro, prefiro a utilização do meu melhor desde o início”, contou o técnico Tite.

As laterais são problema. Na lateral esquerda, Danilo, que também acaba de se recuperar de lesão que o tirou dos dois últimos jogos do Brasil, deve ser improvisado porque Alex Sandro, lesionado, deve ser ausência e Alex Telles, o reserva imediato, foi cortado da Copa por causa de lesão.

Na direita, onde Danilo jogaria em condições normais, o zagueiro Éder Militão leva vantagem sobre Daniel Alves na disputa. Isso coloca os dois lados da seleção brasileira sob improviso no início da fase eliminatória para a equipe na Copa do Catar.

O resto do time deve ser o mesmo dos dois primeiros jogos do Brasil na Copa do Mundo.

Depois da fase de grupos, que o Brasil encerrou com inesperada derrota, por 1 a 0, para Camarões, a seleção brasileira terá o retorno de quase todo o time considerado titular e tenta avançar às quartas de final, fase em que pode enfrentar Japão ou Croácia, na próxima sexta-feira (9). Nesta semana, esse é o caminho que o Brasil espera percorrer para seguir lutando pelo hexa.

Partida oficial inédita

É a primeira vez que o Brasil faz um jogo oficial contra a Coreia do Sul na história. Neste ano, durante a reta final do ciclo da Copa, as seleções se enfrentaram em amistoso, no dia 2 de junho, e a equipe brasileira goleou por 5 a 1, com grande atuação de Neymar, autor de dois gols no duelo.

“Hoje, estamos fisicamente bem para enfrentar esse jogo duro com a Coreia. Não dá para achar que vai ser fácil e com resultado elástico como foi no amistoso. É Copa do Mundo, eles passaram por um grupo super difícil e o que podemos é respeitar o adversário e fazer um grande jogo”, ponderou Thiago Silva, que vai fazer história nesta segunda-feira (5).

O zagueiro de 38 anos vai disputar a 11ª partida com a braçadeira de capitão em jogos de Copa do Mundo, marca que apenas Dunga e Cafu possuem. Com uma eventual classificação às quartas de final, Thiago Silva vai se isolar no quesito.

Contra asiáticos

Seleções asiáticas não costumam entrar no caminho do Brasil em jogos de Copa. Será apenas o quarto confronto em um Mundial contra equipes da Ásia, o primeiro eliminatório.

Na Copa de 2002, edição em que o penta foi conquistado, a China foi goleada (4 a 0) pela seleção brasileira. Em 2006, nova goleada, desta vez por 4 a 1 e contra o Japão. Em 2010, a Coreia do Norte foi adversária e acabou superada por 2 a 1. Todos os jogos foram válidos pela fase de grupos.

O adversário

Com objetivo de manter esse bom retrospecto, o Brasil encara a Coreia do Sul para avançar de fase, mas ciente de que, para isso ocorrer, terá de ter atenção em alguns aspectos, durante a partida, que podem fazer a diferença na busca pela classificação.

A Coreia do Sul é um time que joga em velocidade pelos lados do campo e possui jogo aéreo como ponto mais forte da equipe. Também é destaque por ter um time forte fisicamente. A Coreia do Sul é uma equipe, porém, que costuma dar espaços. Os sul-coreanos sofreram gols em todos os jogos deste Mundial.

Na fase ofensiva, o Brasil tenta ser mais eficiente. Entre todos os classificados às oitavas de final, a seleção brasileira é a que mais precisou finalizar para marcar. Os comandados de Tite marcaram um gol a cada 19 finalizações na Copa.

Foram 57 arremates em três jogos e três gols marcados - contra Suíça, Sérvia e Camarões. O meia-atacante Rodrygo é o que mais chutou, com seis tentativas. O volante Casemiro e o atacante Neymar (que jogou apenas uma vez) aparecem atrás, com cinco oportunidades, cada.

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