Vermelha, com foice e martelo: a versão "comunista" da camisa da seleção brasileira viralizou nas redes sociais na última semana. Após a repercussão, a CBF proibiu a produção e comercialização do material com o uso da logomarca da entidade.
Luísa Cardoso, designer responsável pela criação da camiseta, recebeu uma notificação judicial na última quinta-feira (12) afirmando que a logomarca CBD (Confederação Brasileira de Desportos e antigo nome da CBF) também pertence à CBF. Sendo assim, ela teria que parar a produção do modelo, não comercializar e ainda retirar o material que já foi publicado nas redes sociais.
A designer respondeu de forma amigável a notificação atendendo aos pedidos da CBF e prometeu apresentar uma nova criação para comunistas. "Respondi dizendo que não era minha intenção, e que eu sabia dessa questão de uso de marca, por conta disso não tinha produzido as camisetas e estava esperando o contato deles, que eventualmente ia acontecer. Me comprometi a não utilizar os brasões", disse Luísa em entrevista ao blog Na Vitrine.
"Na semana que vem vou produzir uma nova camiseta, com um desenho novo criado por mim, e ela vai entrar em uma loja online", completou a designer.
A ideia de uma camisa para a esquerda surgiu com uma brincadeira no Twitter. Marcela Sathler, uma das amigas de Luísa, comentou uma notícia sobre manifestantes limpando a calçada do prédio da ministra do STF Carmen Lúcia no último fim de semana. Muitos deles usavam a "amarelinha" da seleção brasileira. "Por favor alguém cria uma camiseta da CBF vermelha? Não quero usar a amarela na Copa."
A mineira viu uma oportunidade de criar o projeto e desenhou uma camiseta feminina. O modelo, divulgado em seu perfil no facebook, ganhou mais de mil curtidas e chegou perto dos 500 compartilhamentos em menos de um dia de divulgação.