Com um objetivo principal estabelecido e números na mesa, o Goiás tenta acelerar seu planejamento para estar novamente na Série A do Campeonato Brasileiro em 2025. Novo CEO (diretor executivo) do clube, Luciano Paciello elogiou, nesta terça-feira (19), o cenário encontrado nas finanças e na governança do clube esmeraldino e expôs um orçamento que pode dar ao Goiás um investimento nominal maior do que em suas últimas passagens pela Série B.
Em sua primeira entrevista como CEO do Goiás, Luciano Paciello falou sobre metas para 2024, mas não fez qualquer anúncio sobre os profissionais que vão assumir o futebol do clube: diretor e comissão técnica.
Luciano Paciello anunciou que o Goiás vai trabalhar em 2024 com um orçamento na ordem de R$ 50 milhões e que “a meta importante para 2024 é subir para Série A”. O novo dirigente esmeraldino não especificou como esse recurso vai ser alocado, mas disse que vai fazer a aplicação sempre em diálogo com os diretores e em busca de excelência nos resultados.
“Temos o orçamento definido, na ordem de R$ 50 milhões. Como ele vai ser usado ainda vamos discutir internamente, mas é um número bastante expressivo para 2024. Com a situação financeira do Goiás e com esse orçamento já definido, existe uma grande possibilidade de termos um ano muito proveitoso tanto do ponto de vista esportivo quanto do financeiro”, destacou Luciano Paciello, em sua primeira entrevista como CEO do Goiás.
Luciano Paciello tem no currículo uma passagem como diretor financeiro do Palmeiras em um período entre 2013 e 2018. O dirigente disse que encontrou um cenário adverso em sua chegada ao clube paulista e que é diferente daquele que recebe no Goiás. “Se compararmos o Palmeiras de dez anos atrás com o Goiás de hoje, o Goiás está muito mais preparado do que o Palmeiras estava em 2013, dos pontos de vista financeiro e de governança”, comparou.
Se os R$ 50 milhões anunciados por Luciano Paciello forem alocados integralmente nos custos com o futebol profissional, o Goiás pode fazer o maior investimento em uma temporada com Série B no calendário. Nas últimas cinco aparições do time esmeraldino na 2ª Divisão, o máximo gasto com futebol em uma temporada foi em 2018, quando o balancete do clube aponta mais de R$ 43 milhões gastos.
Redução de receitas
Para a próxima temporada, há previsão de redução drástica nas receitas relacionadas a direitos de transmissão dos jogos por causa da queda para a Série B. O time esmeraldino deve receber montante próximo a R$ 10 milhões pela Série B de 2024 e conta com um aporte recebido pela venda de uma porcentagem dos direitos de transmissão por 50 anos (2025 a 2075), em acordo firmado com a Liga Forte União. Isso reforçaria os cofres do Goiás para 2024 e permitiria trabalhar com um orçamento como o citado por Luciano Paciello.
Os R$ 50 milhões é considerado internamente como um orçamento conservador e há margem nos cofres para manobrar esse número em caso de necessidade. O plano esmeraldino é só um: conquistar o acesso à Série A e voltar à elite com estrutura para não sofrer novas quedas nos próximos anos.