A Conmebol declarou, na tarde desta segunda-feira (5), a Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana de 2016. O time catarinense disputaria a final do torneio continental com o Atlético Nacional, da Colômbia, mas o acidente aéreo da última terça-feira (29) impediu a realização do confronto.
Em decorrência do título, a Chapecoense conquista vaga na fase de grupos da Libertadores de 2017 e arrecada prêmio de U$ 2 milhões (aproximadamente R$ 7 mi). Também se classifica para a disputa da próxima Recopa Sul-Americana, na qual enfrentará justamente o Atlético Nacional em jogos de ida e volta.
Já na terça (29), poucas horas após o acidente, o próprio Atlético Nacional sugeriu tal desfecho: em ofício enviado à entidade, pediu para que o clube brasileiro fosse considerado campeão.
Pela atitude, os colombianos receberão o prêmio "Centenário Conmebol ao Fair Play" e, com ele, U$ 1 mi (aproximadamente R$ 3,4 mi).
"Além de estarmos muito preocupados com o lado humano, pensamos no aspecto competitivo e queremos publicar este comunicado onde o Atlético Nacional convida a Conmebol para que entregue o título da Copa Sul-Americana à Chapecoense como uma homenagem à sua grande perda e homenagem póstuma às vítimas fatais do acidente que deixa nosso esporte de luto. Da nossa parte, para sempre, Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana de 2016", dizia o comunicado do time colombiano.
A final da Sul-Americana seria a primeira decisão internacional da história do time catarinense. Na próxima temporada, a equipe estreará na Libertadores.
O desastre aéreo vitimou 71 das 77 pessoas que estavam no voo saído de Santa Cruz de la Sierra, cidade boliviana, rumo a Medellín, na Colômbia. Dezenove jogadores morreram no acidente, além de integrantes da diretoria e da comissão técnica -entre eles o treinador Caio Jr. Três dos sobreviventes são atletas do clube: o goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel e o zagueiro Neto.