Começa, neste domingo (20) uma Copa do Mundo que será marcada pela polêmica na história dos Mundiais. Antes mesmo de Catar e Equador entrarem em campo, a partir das 13 horas (de Brasília), para o jogo de abertura do evento, os olhares do mundo já estavam direcionados para o país do Oriente Médio por causa das críticas em torno dos mais variados temas, o mais recente sendo a proibição de cerveja dentro e nos arredores dos estádios que receberão partidas do principal torneio de seleções.
A proibição, porém, não afetará os torcedores “vips”. Quem pagar cerca de R$ 5,1 mil poderá ter acesso a uma área exclusiva nos estádios. No local, será permitido o consumo de bebidas alcoólicas, incluindo cerveja, vinho e champanhe oficial da Fifa. Dirigentes de confederações e convidados estarão nessas áreas nas praças esportivas.
Em temas mais graves, o Catar foi alvo de críticas por causa de denúncias de mortes de operários durante obras da Copa do Mundo, violação de direitos humanos, incluindo da comunidade LGBTQIA+, e trabalhistas.
Alguns desses fatos, como violação de direitos humanos e da comunidade LGBTQIA+, por exemplo, foram a justificativa de alguns artistas, como Dua Lipa, para não se apresentar em eventos da Copa do Mundo. Shakira e Rod Stewart também disseram “não” aos organizadores do Mundial.
A preservação dos direitos humanos é uma das preocupações em relação a Copa do Mundo. Há, por exemplo, a proibição de demonstração de afeto em locais públicos e manifestações públicas, como andar com a bandeira do arco-íris pelo país.
Uma empresa de cores, a Pantone, e a associação Stop Homofobia lançaram o projeto Colors of Love (Cores do Amor, em tradução livre) às vésperas do início da Copa do Mundo. É uma forma de protesto à proibição do uso da bandeira LGBTQIA+.
A iniciativa foi criar uma bandeira sem os tons do arco-íris, mas sinalizar na bandeira os códigos referentes a cada uma das seis tonalidades marcantes do manto.
Outro protesto que vai ocorrer durante a Copa do Mundo será feito por capitães de algumas seleções. Os jogadores vão usar braçadeiras com as cores do arco-íris. A Fifa informou que multará as federações de seleções que fizerem esse tipo de ação.
A “The Football Association”, que gere o futebol inglês, já afirmou que bancará o valor da multa quando o atacante Harry Kane entrar em campo pela Inglaterra. Os capitães das seleções de Bélgica, Dinamarca, Alemanha, França, País de Gales e Suíça também vão usar braçadeiras com as cores do arco-íris.
Neste cenário, mas sem se posicionar, o Brasil busca o hexacampeonato mundial. Sérvia, Suíça e Camarões serão os primeiros adversários da seleção brasileira no Catar. A equipe comandada pelo técnico Tite é considerada uma das favoritas ao título, ao lado da Argentina, de Lionel Messi, e da França, dos atacantes Mbappé e Benzema, melhor jogador do mundo.
Atual campeã é a que mais sofre com desfalques
A Copa do Mundo reúne craques, mas, como ocorre em cada edição, baixas sempre podem tirar parte do brilho de algumas seleções. Na semana que antecedeu o início do Mundial no Catar, França, Argentina, Senegal e Espanha sofreram com cortes. O que mais chamou atenção foi do senegalês Sadio Mané.
O atacante sofreu uma lesão na perna direita, precisou de um procedimento cirúrgico (já feito) e não jogará por sua seleção na Copa do Mundo.
A confirmação do corte de Mané ocorreu na quinta-feira (17), mesma data em que a Argentina divulgou os desfalques de Nico González e Joaquín Correa. Nesta sexta (18), a Espanha divulgou o corte de José Gayà. O lateral esquerdo sofreu uma lesão no tornozelo durante um treino da equipe.
A França lidera a estatística de ausências. A atual campeã do mundo não terá Pogba, Kanté, Kimpembe e Nkunku - este último foi cortado já durante os treinos da equipe no Catar.
Outra ausências de peso são de Timo Werner e Marco Reus na Alemanha, Lo Celso na Argentina, Philipe Coutinho no Brasil, o holandês Wijnaldum, os ingleses Reece James e Amine Harita, além do marroquinho Amine Harit, o mexicano Jesus Corona e o português Diogo Jota.
Atletas que estão fora por lesão
- Florian Wirtz (Alemanha)
- Marco Reus (Alemanha)
- Timo Werner (Alemanha)
- Giovani Lo Celso (Argentina)
- Joaquín Correa (Argentina)
- Nicolás González (Argentina)
- Alexis Saelemaekers (Bélgica)
- Philippe Coutinho (Brasil)
- Christopher Nkunku (França)
- N’Golo Kanté (França)
- Paul Pogba (França)
- Presnel Kimpembe (França)
- Georginio Wijnaldum (Holanda)
- Ben Chilwell (Inglaterra)
- Reece James (Inglaterra)
- Amine Harit (Marrocos)
- Jesus ‘Tecatito’ Corona (México)
- Diogo Jota (Portugal)
- Sadio Mané (Senegal)