Esporte

Copa do Catar começa, neste domingo (10), entre polêmicas e críticas

Ryan Pierse/Getty Images
Torcedor brasileiro que está no Catar posa na logo da Copa do Mundo, em Doha

Começa, neste domingo (20) uma Copa do Mundo que será marcada pela polêmica na história dos Mundiais. Antes mesmo de Catar e Equador entrarem em campo, a partir das 13 horas (de Brasília), para o jogo de abertura do evento, os olhares do mundo já estavam direcionados para o país do Oriente Médio por causa das críticas em torno dos mais variados temas, o mais recente sendo a proibição de cerveja dentro e nos arredores dos estádios que receberão partidas do principal torneio de seleções.

A proibição, porém, não afetará os torcedores “vips”. Quem pagar cerca de R$ 5,1 mil poderá ter acesso a uma área exclusiva nos estádios. No local, será permitido o consumo de bebidas alcoólicas, incluindo cerveja, vinho e champanhe oficial da Fifa. Dirigentes de confederações e convidados estarão nessas áreas nas praças esportivas.

Em temas mais graves, o Catar foi alvo de críticas por causa de denúncias de mortes de operários durante obras da Copa do Mundo, violação de direitos humanos, incluindo da comunidade LGBTQIA+, e trabalhistas.

Alguns desses fatos, como violação de direitos humanos e da comunidade LGBTQIA+, por exemplo, foram a justificativa de alguns artistas, como Dua Lipa, para não se apresentar em eventos da Copa do Mundo. Shakira e Rod Stewart também disseram “não” aos organizadores do Mundial.

A preservação dos direitos humanos é uma das preocupações em relação a Copa do Mundo. Há, por exemplo, a proibição de demonstração de afeto em locais públicos e manifestações públicas, como andar com a bandeira do arco-íris pelo país.

Uma empresa de cores, a Pantone, e a associação Stop Homofobia lançaram o projeto Colors of Love (Cores do Amor, em tradução livre) às vésperas do início da Copa do Mundo. É uma forma de protesto à proibição do uso da bandeira LGBTQIA+.

A iniciativa foi criar uma bandeira sem os tons do arco-íris, mas sinalizar na bandeira os códigos referentes a cada uma das seis tonalidades marcantes do manto.

Outro protesto que vai ocorrer durante a Copa do Mundo será feito por capitães de algumas seleções. Os jogadores vão usar braçadeiras com as cores do arco-íris. A Fifa informou que multará as federações de seleções que fizerem esse tipo de ação.

A “The Football Association”, que gere o futebol inglês, já afirmou que bancará o valor da multa quando o atacante Harry Kane entrar em campo pela Inglaterra. Os capitães das seleções de Bélgica, Dinamarca, Alemanha, França, País de Gales e Suíça também vão usar braçadeiras com as cores do arco-íris.

Neste cenário, mas sem se posicionar, o Brasil busca o hexacampeonato mundial. Sérvia, Suíça e Camarões serão os primeiros adversários da seleção brasileira no Catar. A equipe comandada pelo técnico Tite é considerada uma das favoritas ao título, ao lado da Argentina, de Lionel Messi, e da França, dos atacantes Mbappé e Benzema, melhor jogador do mundo.

Atual campeã é a que mais sofre com desfalques

A Copa do Mundo reúne craques, mas, como ocorre em cada edição, baixas sempre podem tirar parte do brilho de algumas seleções. Na semana que antecedeu o início do Mundial no Catar, França, Argentina, Senegal e Espanha sofreram com cortes. O que mais chamou atenção foi do senegalês Sadio Mané.

O atacante sofreu uma lesão na perna direita, precisou de um procedimento cirúrgico (já feito) e não jogará por sua seleção na Copa do Mundo.

A confirmação do corte de Mané ocorreu na quinta-feira (17), mesma data em que a Argentina divulgou os desfalques de Nico González e Joaquín Correa. Nesta sexta (18), a Espanha divulgou o corte de José Gayà. O lateral esquerdo sofreu uma lesão no tornozelo durante um treino da equipe.

A França lidera a estatística de ausências. A atual campeã do mundo não terá Pogba, Kanté, Kimpembe e Nkunku - este último foi cortado já durante os treinos da equipe no Catar.

Outra ausências de peso são de Timo Werner e Marco Reus na Alemanha, Lo Celso na Argentina, Philipe Coutinho no Brasil, o holandês Wijnaldum, os ingleses Reece James e Amine Harita, além do marroquinho Amine Harit, o mexicano Jesus Corona e o português Diogo Jota.

Atletas que estão fora por lesão

- Florian Wirtz (Alemanha)
- Marco Reus (Alemanha)
- Timo Werner (Alemanha)
- Giovani Lo Celso (Argentina)
- Joaquín Correa (Argentina)
- Nicolás González (Argentina)
- Alexis Saelemaekers (Bélgica)
- Philippe Coutinho (Brasil)
- Christopher Nkunku (França)
- N’Golo Kanté (França)
- Paul Pogba (França)
- Presnel Kimpembe (França)
- Georginio Wijnaldum (Holanda)
- Ben Chilwell (Inglaterra)
- Reece James (Inglaterra)
- Amine Harit (Marrocos)
- Jesus ‘Tecatito’ Corona (México)
- Diogo Jota (Portugal)
- Sadio Mané (Senegal)

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