A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira o fogo olímpico no Palácio do Planalto, em Brasília, e garantiu que o Brasil está pronto para organizar os melhores Jogos da história, no Rio de Janeiro, apesar da crise institucional que passa.
"O Brasil será capaz, convivendo com período difícil, crítico para sua história e democracia, de realizar a mais bem sucedida edição dos Jogos Olímpicos", afirmou a governante, que atravessa um processo de impeachment, atualmente em fase de julgamento no Senado.
A partir desta terça-feira, o fogo, grande símbolo do evento poliesportivo criado na Grécia, percorrerá diversas cidades do Brasil. Hoje, a chama foi trazida de Genebra, da Suíça, e chegou à capital às 8h (horário de Brasília).
"A emoção deste dia ficará marcada na nossa memória, coração e história do nosso país. Dou as boas-vindas a esta chama, símbolo de uma grande esperança da humanidade, que é a paz, união e amizade", disse a presidente.
Em um breve discurso, Dilma falou indiretamente sobre a grave crise que o governo atravessa, sem citar, no entanto, detalhes do processo, como a possibilidade de deixar o cargo na próxima semana, a partir de votação no Senado.
"Sabemos das dificuldades políticas que existem, sabemos da instabilidade política", disse a presidente.
Dilma garantiu, ao receber a chama olímpica, que o país está "plenamente preparado" para garantir proteção aos atletas, às comissões técnicas, aos chefes de Estado, entre outras medidas que estão sendo tomadas para os Jogos.
"O plano de ação integrado para a área de segurança está pronto, com base na bem-sucedida experiência da Copa de 2014. Investimos muito em inteligência, inclusive firmando acordos e compartilhando informações com agências internacionais", detalhou no discurso.
A jogadora de vôlei Fabiana, bicampeã olímpica em 2008 e 2012, foi a primeira atleta a carregar a tocha, saindo pelas ruas de Brasília. A partir de agora, o revezamento ocorrerá até o dia 5 de agosto, com a chegada ao Maracanã, para a Cerimônia de Abertura dos Jogos.