Esporte

Estado finaliza licitação de reforma de R$ 3,3 milhões para o Parque Aquático de Goiânia

Wesley Costa
Piscina de 50m do Parque Aquático de Goiânia não recebe competição há mais de dez anos

A reforma da piscina principal do Parque Aquático de Goiânia pode, enfim, sair do papel. Na edição de segunda-feira (19) do Diário Oficial do Estado (DOE), o Governo de Goiás publicou a empresa que venceu o processo de licitação para realizar as obras na piscina de 50 metros da praça esportiva. O local não recebe provas desde 2013 e está interditado desde 2016.

Não há previsão para início das obras, que terão custos de R$ 3,349 milhões. A MRL Construtora, empresa vencedora, terá 18 meses para concluir as obras a partir da data da assinatura do contrato junto à Secretaria de Esporte e Lazer do Estado de Goiás (Seel).

O próximo passo burocrático será a aprovação da documentação do processo de licitação junto à Caixa Econômica Federal, que firmou convênio com o Estado.

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A previsão da Seel é que isso seja concluído ao longo de setembro. Depois, haverá a assinatura do contrato, e a MRL Construtora terá cerca de 15 dias para organizar a captação de pessoas que vão trabalhar nas obras. Aí sim as obras vão começar.

“Vamos fazer uma reconstrução e modernização. O Parque Aquático foi fechado por interdição, então tudo que está lá (na área da piscina de 50 metros) será reconstruído. Vamos ter uma arquibancada com acessibilidade, banheiros internos e externos, novos vestiários, sala administrativa, salas de aquecimento, uma nova casa de máquinas, uma nova piscina e uma nova arquibancada”, detalhou o secretário de Esporte e Lazer Rudson Guerra.

A MRL Construtora é uma empresa de pequeno porte localizada em Goiânia. “Construção de Edifícios” é a descrição da atividade econômica principal, conforme consta no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.

A empresa é especializada em diversos tipos de obras: urbanização, redes de abastecimento de água, obras portuárias, marítimas e fluviais, construção e instalações esportivas e recreativas, demolição de edifícios, entre outros, por exemplo. “Não temos obras com eles, mas a empresa foi aprovada no processo licitatório. Fizemos diversas análises técnicas de capacidade”, explicou Rudson Guerra.

O jornal procurou a MRL Construtora pessoalmente no endereço cadastrado onde está a sede da empresa, mas não encontrou nenhuma referência à empresa no local no Centro de Goiânia. Não houve retorno por meio de contatos feitos por telefone e WhatsApp.

A empresa já fez serviços para o Estado, como pintura de fachadas de edifícios da Secretaria de Estado de Cultura de Goiás e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Goiás; reformas em escolas e creches junto à Secretaria de Estado da Educação; e serviços de construção para a Secretaria de Estado da Administração.

A reconstrução no Parque Aquático é restrita à área da piscina de 50 metros. O local onde estão as duas outras piscinas, de 25 metros (cada), recebeu ajustes nos últimos anos e voltaram a ser utilizadas em 2019 para iniciação esportiva e atividades para idosos e paradesporto.

Os estudos e projetos de engenharia da área da piscina de 50 metros estão prontos desde o ano passado.

O pódio será invertido e estará localizado próximo da rua 55 - antes era do lado do prédio do Centro de Excelência. A arquibancada principal terá novo telhado, ganhará assentos e também terá nova iluminação, com taxa de cerca de 600lux, que vai permitir que o local receba provas noturnas. A capacidade será informada posteriormente. Haverá dois vestiários, além de salas. Uma delas talvez volte a ser a sede da Federação Aquática de Goiás (Fago) - isso também será definido.

“Vamos reconstruir o local para que a piscina de 50 metros volte a ser homologada para receber competições nacionais e internacionais. Trabalhamos para atender o máximo. A nova área terá nova iluminação, que vai permitir que uma competição que tenha início pela manhã, termine no mesmo dia se for necessário”, prometeu Rudson Guerra.

Inativa há mais de dez anos

A piscina longa (50m) do Parque Aquático de Goiânia, que já foi palco de edições do Campeonato Brasileiro e Sul-Americano, está inativa há mais de dez anos. O último evento realizado no local foi o Torneio Aberto de Outono, em abril de 2013, que contou com 108 atletas.

Desde então, a natação goiana carece de um local público para a prática competitiva. Torneios organizados pela Fago são em locais privados: no Sesi Ferreira Pacheco (Goiânia) e Unievangélica (Anápolis).

Em outubro do ano passado, como o jornal mostrou em reportagem, a área em torno da piscina olímpica tinha mato próximo do equipamento esportivo, sujeira na parte interna da piscina, que também tinha azulejos quebrados. A infraestrutura segue em más condições e muros danificados. Recentemente, uma limpeza foi feita no equipamento aquático.

No período que marca a inatividade da piscina longa no darque Aquático, Goiânia deixou de sediar eventos de expressão na natação. A expectativa do Estado é que esse cenário mude com a reforma.

“Já voltamos a utilizar as duas piscinas de 25 metros e o momento é de focar na piscina olímpica. A manutenção seguirá sendo feita (nas duas piscinas que estão sendo utilizadas) e queremos que o Parque Aquático seja utilizado para a preparação de jovens atletas. A médio e longo prazo, que Goiás revele atletas, como já fez durante anos, e tenha um espaço para competições de expressão”, falou o secretário.

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