Esporte

F1 planeja ter 23 GPs em 2022 com menos dias de evento e mais sprints

Divulgação / Fórmula 1 / Site

O calendário de 2022 da Fórmula 1 só está pendente de uma ratificação, em uma reunião do Conselho Mundial de Automobilismo, nesta sexta-feira (15), e terá 23 provas, um novo recorde na história da categoria, que está fazendo 22 eventos neste ano.

Porém, em meio a muitas críticas e a um êxodo de profissionais, que fogem de longos períodos fora de casa, algumas mudanças no formato dos finais de semana também estão sendo discutidas e podem entrar em vigor já no próximo ano.

As mudanças foram discutidas primeiro na Comissão de F1, que se reuniu nesta quarta-feira (13), e agora precisam ser votadas pelo Conselho. Entre elas está o aumento do número de corridas que terão o formato sprint, testado em Silverstone e Monza —ele ainda será adotado em Interlagos, em novembro.

A proposta da Liberty Media, que controla os direitos comerciais da F1, é ter pelo menos seis sprints ao longo do ano.

Embora um relatório apresentado às equipes tenha mostrado retorno positivo das experiências feitas até agora, a F1 está aberta a mudanças no formato, com a possibilidade de a corrida curta do sábado ser um evento separado, dando mais pontos —atualmente, são três para o primeiro, dois para o segundo e um para o terceiro colocado— e sem definir o grid para o domingo. Isso, contudo, só deve ser discutido após o GP de São Paulo.

O formato sprint é uma das formas que a Liberty tem buscado para gerar mais valor nos eventos da F1 ao mesmo tempo em que existe uma intenção de condensá-los.

Há anos, são quatro dias de atividades, começando com entrevistas e ações de marketing na quinta-feira, tendo treinos livres na sexta-feira, seguidos de um último treino livre e a classificação no sábado, além da corrida no domingo. Porém, com o aumento do calendário, discute-se, também, diminuir as atividades para três dias.

Isso ajudaria a manter os orçamentos sob controle mesmo com o aumento do número de provas —que, por si só, gera mais receita para as equipes.

A mudança busca ainda evitar que as equipes tenham de ter dois times de corrida diferentes —formados por cerca de 100 pessoas, incluindo todas as atividades— fazendo uma rotação ao longo da temporada. Alguns deles, como a Mercedes, estão pressionando para que as equipes sejam obrigadas a fazer essa rotação, mas isso geraria mudanças no teto orçamentário de US$ 145 milhões por ano, que entrou em vigor em 2021.

Nos últimos anos, primeiro com o inchaço do calendário e depois com o fim do formato de se fazer três corridas em finais de semana seguidos, as equipes têm tido mudanças constantes em seu time de corrida, com muitos profissionais pedindo para serem realocados em postos na fábrica.

Nesta temporada, serão três rodadas triplas —uma delas, com provas seguidas no México, Brasil e Qatar. Como os mecânicos geralmente viajam na terça-feira antes da prova e voltam na segunda, isso significa quase um mês fora de casa pela terceira vez desde junho.

Isso vai se repetir no calendário do ano que vem, cuja única dúvida é se o GP da China pelo menos começa confirmado ou se já será substituído por uma corrida em Imola nesta primeira versão. O país ainda tem regras rígidas para a entrada de estrangeiros, com quarentena obrigatória de 21 dias.

Assim, a temporada começaria no final de março, no Bahrein, e terminaria no final de novembro, em Abu Dhabi, com 23 GPs. Em que pese a dúvida a respeito da prova da China, as demais serão todas as que estavam no calendário provisório de 2021, que também previa 23 etapas.

Irá ainda se somar o GP de Miami, que ficará com o lugar que ficou vago com a saída do Vietnã. Já o GP de São Paulo deve seguir na mesma data próxima ao feriado da Proclamação da República.

Em 2023, a não ser que alguma das corridas que estão negociando a renovação saia do calendário, é possível que a F1 tenha 24 corridas, pois o Qatar está confirmado.

Outra mudança que precisa ser ratificada é o aumento dos testes de pré-temporada, uma vez que a F1 estreia regulamento novo no ano que vem. As equipes concordaram em fazer testes de cinco dias seguidos e em diminuir o intervalo mínimo de dias até a primeira prova, para que um destes testes já seja realizado no Bahrein, dias antes da abertura da temporada.

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