Esporte

Fifa aprova ampliação da Copa do Mundo para 48 times a partir de 2026

Reprodução / Fifa

O Conselho da Fifa aprovou por unanimidade a proposta de aumentar a Copa do Mundo de 2026 de 32 para 48 seleções. A decisão foi publicada no Twitter oficial da federação internacional de futebol nesta terça-feira (6).

Hábil articulador, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, negociou nos últimos meses um acordo para colocar mais 16 países na competição e tentar arrecadar mais. Ao ampliar o número de participantes, ele agrada a periferia do mundo do futebol, que terá mais chances de disputar o torneio.

Em seu post, a Fifa apenas informou que o novo formato do Mundial seria disputado em 16 grupos com três seleções. Mais detalhes serão divulgados após o encerramento da reunião do Conselho, que tem 37 membros, em Zurique (Suíça).

Contudo, pela proposta de Infantino, as duas melhores de cada grupo se classificariam para os mata-matas. Assim, o campeão do Mundial entraria em campo sete vezes, mesmo número de jogos da fórmula atual.

Inicialmente, Infantino defendia a Copa com 40 times, porém decidiu inchar ainda mais o torneio, agradando mais aliados e com a perspectiva de maior arrecadação. Com isso, o suíço deve conseguir pacificar os ânimos na entidade. Infantino foi eleito em fevereiro, numa votação apertada, com o discurso de moralizar e limpar a Fifa, manchada pela corrupção. Até agora, pouco mudou.

Com a aprovação da proposta, a Fifa vai estimular que pelo menos dois países se unam em torno de candidaturas para receber o Mundial. O presidente da Concacaf (que reúne os países da América do Norte, Central e Caribe), Víctor Montagliani, já declarou que pretende viabilizar a candidatura conjunta de México, Canadá e EUA. Até agora, a Copa do Mundo de 2002 foi a única que teve a organização dividida -Japão e Coreia do Sul.

'MAIS INCLUSIVO'

No mês passado, em Doha, no Qatar, Infantino defendeu o gigantismo da Copa alegando que o modelo é "mais inclusivo". Disse também que a ampliação do torneio beneficiará "o desenvolvimento do futebol em todo o mundo".

Outro interesse é financeiro. A Fifa prevê arrecadar US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões) com o novo formato. Como comparação, a Copa da Rússia, em 2018, deve render US$ 5,5 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões).

Entidade que reúne os principais clubes da Europa, o ECA é contra a ampliação da Copa alegando um congestionamento no calendário do futebol mundial, além de expor os atletas a contusões. "A política e o comércio não devem ser prioridade exclusiva no futebol", afirmou Karl-Heinz Rummenigge, presidente da ECA e craque da seleção alemã nos anos 1980.

Com a mudança, a América do Sul pode ganhar mais duas vagas. Teria seis seleções classificadas diretamente nas eliminatórias e o sétimo colocado ainda disputaria uma repescagem. Com apenas dez seleções no continente, o torneio eliminatório perderia a competitividade. A Europa ficaria com 16 lugares. Já a África, com nove.

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