Presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Edmo Mendonça Pinheiro disse que alterações no estatuto do clube vão ser feitas para que o clube esmeraldino não sofra com más administrações. As mudanças ainda não foram divulgadas. Uma empresa de consultoria (Alianzo) será contratada para auxiliar no processo.
Uma reunião do Conselho Deliberativo foi realizada na terça-feira (16) e durou cerca de três horas. Oito pontos foram analisados no encontro entre conselheiros na Serrinha. Dentre os temas, está a proposta de reforma do estatuto social do Goiás.
“Aprovou-se também a contratação de uma empresa, a Alianzo, para assessorar a reforma do estatuto do clube e montou-se uma comissão, que tem dois juristas, Dr. Danilo e Dr. Marco Antônio, o presidente do conselho e dois vices para fazer o trabalho para mudança de estatuto”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Edminho Pinheiro.
O dirigente entende que alterações no estatuto vão evitar que o clube seja mal administrado no futuro. Em abril deste ano, o Conselho Deliberativo esmeraldino reprovou as contas de 2020 da gestão do ex-presidente Marcelo Almeida.
“Daqui para frente, daqui um ano e meio quando o presidente Paulo Rogério deixar o clube ou outro presidente assumir, não vai ter a oportunidade que as contas do ano de 2019 sejam aprovadas ou reprovadas em 2022. Com essa participação forte do Conselho Fiscal e Deliberativo, e tudo que vai acontecer dentro da reforma (do estatuto social), o Goiás vai dificultar para que o clube não seja mal administrado”, frisou Edminho Pinheiro.
O dirigente voltou a afirmar que não há “caça às bruxas” pelo fato das contas de 2020 não terem sido aprovadas. Segundo Edminho Pinheiro, é o procedimento que consta no estatuto da equipe e deve ser feito, independentemente de quem esteja no comando executivo do Goiás.
“A sindicância será comandada pelo Conselho Fiscal e seus membros. Não tem prazo, não tem caça às bruxas. Não é essa a intenção. Não vai ter mais ‘poeirinha’ debaixo do tapete, seja o presidente atual, que é meu primo e meu sangue. Fez coisa errada, o Conselho aprova ou não aprova e aí vamos ver as consequências. Esse tipo de gestão, de cobrança e participação do Conselho vai dificultar para que os futuros presidentes do Goiás tratem o Goiás com cuidado maior”, justificou Edminho Pinheiro.
Confira outros trechos da coletiva do presidente do Conselho Deliberativo do Goiás:
Contas reprovadas de 2020
- O Conselho Fiscal fez o parecer pedindo a reprovação das contas. O Conselho Deliberativo mediante ao relatório do Conselho Fiscal entendeu, por unanimidade, que as contas deveriam ser rejeitadas. Agora o que vai acontecer é ir em conta a conta, ir de forma profunda. Entender porque as contas não foram aprovadas. Não é o mais importante para o clube, o mais importante para o clube é que os balancetes do primeiro semestre foram aprovados pelo Conselho Fiscal. Não foi aprovado ainda (pelo Conselho Deliberativo) pela questão da Timemania (clube alega que não recebe por problema sistêmico da Caixa Econômica Federal). O mais importante pra mim, é a nova metodologia de trabalho. Ninguém vai poder dizer que o Conselho foi omisso, o que nunca foi.
Sócios inadimplentes
- Foi aprovada a tomada de decisão para cobrança dos sócios inadimplentes (396 com dívida de R$ 2,7 milhões), que são maiores hoje que os adimplentes. Será dada a oportunidade para os inadimplentes quitarem seus compromissos com o clube. Caso isso não ocorra, o próprio estatuto já prevê que teria que ser cancelado. Aí sim seria cancelado os títulos desses sócios inadimplentes caso não paguem as mensalidades atrasadas.
Reajustes para sócios proprietários
- Título de sócio proprietário passará de R$ 10 mil para R$ 40 mil. Aumento significante, mas aquém do patrimônio que o clube tem. O clube tem de estar estruturado para essa realidade do futebol, que são os fundos de investimentos, as SAFS que podem vir a acontecer.
Contribuição de sócios
- O conselho deliberativo também aprovou a contribuição, que desde 2009, o sócio proprietário e conselheiro pagava 100 reais. Hoje vai passar a ser de 300 reais, porém, todo esse valor será feito em uma conta específica e destinado exclusivamente para o CT e a Casa do Atleta. A presidência executiva do clube não pode gastar a não ser dentro do CT do Goiás.