Esporte

Luan chega ao Goiás com desejo de fazer história e retomar origens

Weimer Carvalho
Luan, novo meia do Goiás

Com a intenção de voltar às suas origens no futebol, o meia Luan se tornou jogador do Goiás para escrever seu nome no futebol goiano. Com uma passagem por Quirinópolis, no interior de Goiás, o novo reforço esmeraldino disse que aceitou a proposta do Goiás  para ficar próximo de velhos amigos e voltar a ser feliz no futebol.

Luan chegou a negociar com o Santos quando decidiu voltar ao Brasil após sair do futebol japonês, mas preferiu aceitar uma proposta do Goiás. Segundo o meia-atacante “filho de Quirinópolis”, voltar para perto de suas origens no futebol pesou em sua decisão.

“Não vou falar sobre o Santos, estou no Goiás e vou falar somente coisas daqui. Não foi opção salarial, foi mais para jogar onde gostaria de voltar a ser feliz. Quando você está fora do país, você quer voltar para jogar em alto nível”.

Natural de Alagoas, Luan veio para Goiás na adolescência para trabalhar em uma usina de álcool em Quirinópolis, mas com seu destaque no futebol de salão e de campo fez com que sua vida trilhasse outro rumo. O jogador mostrou gratidão pelo acolhimento do povo de Goiás naquele momento.

“Cheguei e comecei a jogar futsal em Quirinópolis, pois amava futsal também. Joguei pela Fesurv (de Rio Verde) e recebi uma proposta tentadora para jogar futsal, mas não aceitei porque amava campo. Comecei a jogar competição regional pela prefeitura de Quirinópolis, no (estádio) Bichinho Vieira. Era muito legal, uma cidade muito gostosa de morar, fiz muitos amigos e tenho amigos fazendeiros na região. Vou tirar um tempo para visita-los com a minha família, agora que estou perto”, disse Luan, que se mostrou gratidão e carinho por um ano “intenso” vivido em Quirinópolis.  

O meia já iniciou a preparação para realizar sua estreia com a camisa do Goiás, mas ainda não há uma previsão para que isso aconteça.

Confira outros temas da entrevista:

Passagem pelo Japão

“Quando fui para o Japão tinha um planejamento muito legal do clube, mas quando cheguei lá era totalmente diferente. Muitas coisas não foram o que me prometeram quando eu estava no Atlético-MG, até porque tinha mais quatro anos de contrato com o Atlético-GO e contrato até 2023. Foi uma preferência minha conhecer uma cultura nova, um país novo. Cheguei lá e não era aquilo que eu imaginava. Passei dificuldade para me adaptar com a língua, mas futebol é mundial e nos adaptamos muito rápido. No primeiro, até que ajudei bastante o clube em diversas formas, mas era um clube que pensa de forma amadora. No segundo ano, foi mais difícil. Peguei treinadores japoneses e muitos se dão bem, outros não. É uma mentalidade diferente e sempre tive uma mentalidade vencedora e isso não casou bem. Não ter jogado muito no segundo ano foi opção minha também, pois tinha propostas para jogar no Brasil e outros clubes do futebol japonês. Eles não liberaram, pois disseram que eu era um jogador importante, mas o treinador japonês pegou um pouco de birra. Fica o aprendizado. Não foi por parte física ou técnica.

Funções em campo

“Cheguei como ponta e fazia dobradinha com o Marcos Rocha, hoje no Palmeiras. Me adaptei muito bem. Em certos momentos jogava de segundo volante e quando o professor optava por jogar como meia, também jogava. Sou um jogador que faço diversas funções dependendo daquilo que o treinador pensa para eu jogar. Vou trabalhar para ficar à disposição para onde o treinador optar, vou dar meu melhor para ajudar o Goiás e os companheiros a fazer grandes partidas.

Histórico de campeão

“Temos uma bagagem, uma experiência muito grande por ter passado por grandes clubes do futebol brasileiro. Joguei sete anos no Galo, poderia ter sido 11 se não fosse a minha opção de sair para o Japão. O que podemos agregar para os mais jovens é passar nossa experiência de vencedor para formar aqui uma família. Creio que o Fellipe Bastos também pensa assim, o Apodi que é um cara experiente, temos o Tadeu, o Élvis que fala muito bem e vive uma fase boa, temos que dividir essa responsabilidade”

Nível de preparação e conhecimento do elenco

Eu não joguei com jogadores daqui, mas joguei contra. Eu peguei uns caras chatos como Apodi, que não parava de correr nenhum minuto. O Fellipe Bastos tem muita técnica e joguei contra o Tadeu também, entre outros.  Sobre minha preparação, eu vinha treinando em casa, mas não é o mesmo jeito de treinar aqui no clube com profissionais adequados, mas creio que em breve, quero rapidamente estrear com a camisa do Goiás. Confesso que estou ansioso, não esperava estar tão ansioso com 31 anos e com a bagagem nas costas, mas estou ansioso para voltar a jogar em alto nível no futebol brasileiro.

Comentários
Os comentários publicados aqui não representam a opinião do jornal e são de total responsabilidade de seus autores.
ANUNCIE AQUI