Em sua passagem por Goiânia para disputa da Copa América de 1989, Maradona era considerado um verdadeiro astro. Atual campeão do mundo e melhor jogador de futebol na época, o craque argentino arrastava multidões e protagonizou casos curiosos. Um deles foi testemunhado pelo jornalista Rogério da Silva Souza. Maradona precisou “furtar” uma bicicleta para escapar do assédio dos fãs.
A delegação da seleção argentina ficou hospedada no Castro’s Park Hotel, no Setor Oeste. A administração do hotel preparou a suíte presidencial para o astro argentino, mas Diego Maradona declinou de usar tal aposento. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a suíte presidencial foi ocupada posteriormente por Ricardo Teixeira, cartola da Confederação Brasileira de Futebol que passava os primeiros meses como presidente da entidade.
E foi nas cercanias do hotel que uma história pitoresca aconteceu com Diego Armando Maradona, em Goiânia. O fato foi testemunhado pelo jornalista Rogério da Silva Souza, que trabalhou na TV Anhanguera, e era estudante de jornalismo naquele período. Ele conta que Maradona precisou “tomar emprestada” uma bicicleta de um garotinho para conseguir driblar o assédio dos torcedores que o perseguiam pelas ruas do Setor Oeste.
“Passava pela porta do Castro’s Hotel quando os argentinos desfilavam pelo salão principal atraindo muitos fãs. Diego, atrevido, quis sair pela porta principal como se não fosse quem ele já era! Andou rumo a Praça Tamandaré. Na esquina já tinha uma multidão atrás dele. Apavorado, pegou a bicicleta de um garoto e correu pro hotel”, contou Rogério da Silva Souza.
No entanto, o garotinho não ficou sem o seu veículo e ainda ganhou uma bela recompensa pela ajuda indireta ao craque argentino. “O menino chegou no hotel aos prantos atrás da bicicleta dele. Poucos minutos depois um funcionário do hotel entregou a bicicleta do garoto e um ‘presente’ do Maradona. Se não me engano, era uma nota de cem dólares!!!”, recordou o jornalista Rogério da Silva Souza.
Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira (25) após sofrer uma parada cardiorrespiratória, na Argentina, aos 60 anos.