De volta ao cargo de presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Edminho Pinheiro disse que não tem participado de contratações do clube, mas acabou opinando que, se fosse ele, não contrataria os três últimos jogadores por causa do alto investimento. O dirigente elogiou o nível dos atletas. Após seu retorno ao cargo, o clube esmeraldino contratou três atacantes: Rildo, Edu e Mateus Gonçalves.
"A dúvida só tem para quem quer arrumar uma justificativa. Ele (aponta para o CEO Luciano Paciello) tem como diretor R$ 60 milhões para trabalhar (valor destinado para o futebol em 2024). Eu não quero interferir, chegar no Aroldo e falar 'não faz isso, não'. O investimento nos três jogadores é alto. Se fosse eu, não ia trazer. Mas não é a minha vontade que conta. O Lucas Andrino é um excelente profissional. Quem da Série B trouxe jogadores desse nível? Vou extrapolar. Quem da Série A, tirando Vasco, com o Coutinho, o Palmeiras, trouxe jogadores deste nível?", desabafou.
O dirigente disse que a vontade dele não é determinante para assuntos da administração do clube também. "Se eu quiser demitir o Luciano, não gostei do Aledino mais e quero demitir. Vou mandar o Lucas (Andrino, diretor) embora. Eu não posso, eu não interfiro. A mudança foi para isso, deixar pessoas competentes para tomar as decisões."
Edminho Pinheiro também explicou os motivos que resultaram na mudança de estatuto do clube esmeraldino, no ano passado. O dirigente disse, nesta segunda-feira (15), que a ideia de mudar a gestão administrativa, de regime presidencial para um Conselho de Administração, é pensando no crescimento da marca.
Segundo Edminho Pinheiro, foram seis meses de conversa entre dirigentes do Goiás no ano passado debatendo a mudança.
"Até vi a entrevista do nosso vice (Vanderlan Alcântara) falando que foi muito rápido. Foram seis meses analisando a mudança", falou Edminho Pinheiro se referindo à entrevista concedida ao jornal por seu companheiro de chapa.
Edminho Pinheiro frisou que, ao alterar o modelo de gestão do Goiás, aprovada por conselheiros no final do ano passado, sua intenção foi de deixar a administração do clube nas mãos de "pessoas competentes", como definiu ao falar de Aroldo Filho, presidente do Conselho de Administração, um cargo para o qual foi eleito por conselheiros, e Luciano Paciello, CEO, cargo para o qual foi contratado pelo Conselho.
"A ideia (da mudança do estatuto) é bloquear mesmo para o Goiás caminhar sem que houvesse desastres. Que ninguém mais meta a mão em centavo nenhum do Goiás", completou.
Em mais de uma oportunidade, Edminho Pinheiro afirmou que não tem interferido no dia a dia do Goiás, especialmente na gestão do futebol.
"Eu não posso fazer algo contra aquilo que eu quis (mudança no estatuto). Aí seria interferência. Eu vejo hoje o Goiás fazendo muito esforço com o Conselho de Administração, que tem aprovado o nível de contratações que está", pontuou. Para Edminho, o atual modelo do Goiás está em fase inicial e requer tempo para se consolidar.