Na primeira entrevista como técnico do Atlético-GO, na tarde desta segunda-feira (29), o técnico Eduardo Baptista deixou claro que vai brigar em igualdade pelos dois objetivos que restam - permanência na Série A e título da Sul-Americana - e falou que espera resgatar a confiança e a autoestima do elenco.
"Temos a oportunidade de ganhar um título internacional. Estamos próximos. Se entrarmos concentrados, temos grande chance de chegar. No Brasileiro, temos 14 rodadas, são 4 pontos (para sair do Z4 porque com mais 3 empataria com o Coritiba e ficaria atrás nos critérios de desempate). Se conseguirmos buscar confiança, melhorar essa autoestima, temos ferramentas no nosso elenco que podem nos levar a uma final da Sul-Americana e à recuperação no Brasileiro.
O Atlético-GO começa a decidir a semifinal da Copa Sul-Americana, contra o São Paulo, na quinta-feira (1º/9), no Estádio Serra Dourada. No Brasileiro, é penúltimo colocado, 19º, com 22 pontos - o primeiro fora da zona de rebaixamento é o Coritiba, com 25 pontos.
Eudardo Baptista falou que "não dá para fazer muita coisa diferente do que vinha sendo feito" porque não há muito tempo para treinos. O treinador citou alguns aspectos táticos que pretende implementar. "Precisamos de uma marcação mais forte, uma linha um pouco mais à frente, recomposição mais rápida, combatividade", enumerou.
O treinador ainda falou em recuperar o psicológico do elenco ao dizer que "nenhuma pontualidade tática que coloque, sem o comportamento agressivo, vai surtir efeito".
O técnico de 50 anos, que teve no Juventude-RS seu último trabalho, também prometeu trabalhar bola parada. "Temos bons cabeceadores, batedores. São situações que podemos melhorar", falou Eduardo Baptista, que disse ter assistido aos jogos do Atlético-GO de domingo para segunda, desde que foi anunciado como o sucessor de Jorginho, demitido no sábado (27) após perder o clássico para o Goiás.
Eduardo Baptista disse que tinha viagem marcada com a família porque não achava que trabalharia até o fim do ano, mas cancelou tudo por causa do convite do Atlético-GO. "Já tinha decidido que não trabalharia mais este ano. O Atlético-GO sempre chamou minha atenção. Muito do que penso de futebol, o Atlético-GO oferece em filosofia, estrutura, um time competitivo. No início do ano, quando estava estudando todas as equipes, em nenhum momento eu colocava o Atlético-GO na situação em que se encontra no Brasileiro. Agora, agregando ainda a possibilidade de (brigar por) um título internacional."
O técnico, que terá sua terceira experiência no futebol goiano após ter sido técnico do Vila Nova (2019) e preparador físico do Goiás (2002 e 2003), falou do curto espaço de tempo que tem para mostrar trabalho e se mostrou otimista. "Fico muito feliz e venho acreditando demais, com corpo e alma para trabalhar e fazer do Atlético-GO o time que iniciou o campeonato no início do ano. Competitivo, aguerrido, corajoso. Espero colocar tudo isso no curto espaço que temos até o jogo contra o São Paulo."