Esporte

No Chile, Atlético-GO faz nova história com o mesmo carimbo

Bruno Corsino / ACG
Zé Roberto (E), Éder e Marlon Freitas na brincadeira de futevôlei na véspera do embarque para o Chile

O Atlético-GO embarca na tarde desta quarta-feira (28) para disputar o segundo jogo fora do País de sua história. A delegação atleticana viajará de Goiânia, para Santiago (capital do Chile), às 14 horas. Em território chileno, o time rubro-negro buscará a primeira vitória na 1ª fase da Copa Sul-Americana, nesta quinta-feira (29), contra o Palestino, clube representante da comunidade palestina naquele país. As duas equipes estão no Grupo F e não venceram na 1ª rodada da competição.

O jogo não será disputado na capital chilena, mas no Estádio El Teniente, na cidade de Rancagua, a 84 quilômetros de Santiago. O adversário do Dragão joga em La Cisterna, na região metropolitana da capital chilena, mas a Conmebol decidiu pela mudança do local porque a praça esportiva do Palestino não tem iluminação e o jogo será no período noturno, às 20h30 local (21h30 em Brasília).

Coincidentemente, a primeira vez que o Atlético-GO visitou outro país também foi o Chile, há quase nove anos, no dia 3 de outubro de 2012. Pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Dragão foi derrotado pela Universidade Católica, por 2 a 0, no Estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago. O local seria a outra opção para o jogo contra o Palestino, mas ela tem sediado os compromissos da Universidade Católica, proprietária do estádio, pela Libertadores.

Na primeira excursão continental, o Dragão equilibrou a partida no primeiro tempo, mas foi surpreendido pelos rivais chilenos na etapa final, com gols de Francisco Silva e Álvaro Ramos.

Se a nova ocasião reserva coincidências para os atleticanos, a equipe que jogará em Rancágua reencontra um antigo adversário da partida de 2012 - o goleiro Cristopher Toselli, de 32 anos e 1,83m.

Revelado na base da Universidade Católica, em que foi titular por vários anos, Toselli se transferiu para o Palestino nesta temporada. Ele foi goleiro reserva da seleção chilena no Mundial de 2014, na conquista da Copa América (2016) e atuou na seleção sub-20 local.

Na partida de volta daquele ano, em Goiânia, Toselli não conseguiu evitar a vitória atleticana, por 3 a 1, mas ela foi insuficiente para o clube goiano garantir a classificação.

Na visão do zagueiro e lateral Diego Giaretta, naquela participação faltou um pouco mais de experiência dos atletas atleticanos em jogos sul-americanos. Na visão dele, saber “segurar o jogo e não fazer o jogo do adversário”. Desta vez, o Atlético-GO viaja com um pouco de bagagem internacional, pois a equipe enfrentou e empatou (0 a 0) diante do Newell ‘s Old Boys (Argentina) na semana passada, em Goiânia.

O Palestino não faz boa campanha na Primeira Divisão do Campeonato Chileno - é 13º (4 pontos) - e vem de derrota para o Libertad (2 a 0), na noite de quinta (22), fora, pela 1ª rodada da Sul-Americana. O adversário não atuou no fim de semana pelo torneio local.

O Atlético-GO encara o jogo como decisivo, pois precisa vencê-lo para se manter com chances de passar à próxima fase da Sul-Americana. Alguns jogadores atuarão pela primeira vez no exterior, como o meia João Paulo, autor de dois gols nas últimas partidas.

“Todo jogador almeja jogar uma competição internacional. Estou feliz por o Atlético-GO ter proporcionado essa oportunidade. É procurar fazer uma grande partida e conseguir um grande resultado”, disse o jogador.

Na manhã desta quarta-feira (28), o técnico Jorginho comanda o último treino antes da viagem. A tendência é que ele mantenha a base da goleada sobre o Goiás, por 3 a 0, domingo (25). O treinador aposta na experiência internacional de alguns jogadores, como o goleiro Fernando Miguel e o volante Marlon Freitas. O atacante Roberson, expulso contra o Newell´s Old Boys (Argentina), não será relacionado.

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