Para os últimos dois duelos na Série A, contra Atlético-GO e Corinthians, o Goiás não contabilizou novos casos positivos de Covid-19 no elenco. Uma situação bem diferente em relação às primeiras baterias de exames realizadas no retorno do futebol. O clube esmeraldino chegou a registrar 26 casos, sendo dez jogadores no dia da partida contra o São Paulo, pela 1ª rodada, que teve de ser adiada.
Segundo levantamento feito pelo portal UOL, nenhum clube na Série A teve mais casos de Covid-19 no elenco do que a equipe esmeraldina. No ranking não estão contabilizados números de Athetico-PR e Coritiba, que não divulgam os números de contaminados, além dos funcionários do estafe.
De acordo com o médico do Goiás, Bruno Favaron, não houve nenhuma mudança no protocolo de segurança do clube para explicar a queda no número de casos positivos ao longo das baterias de exames. “Mantivemos o nosso protocolo, que estava sendo utilizado desde então. Penso que o número maior naquele momento (jogo contra o São Paulo) foi uma fatalidade. Não fizemos nada de diferente. Seguimos com orientações, a conduta dentro do clube é a mesma. Antes daquele episódio, tivemos cinco semanas sem caso positivo. Difícil saber onde foi a contaminação”, comentou.
O Goiás não divulga os nomes dos atletas que estiveram com o novo coronavírus (Sars-CoV-2), mas alguns jogadores confirmaram, por meio de coletivas ou nas redes sociais. Rafael Moura, Tadeu, Marcelo Rangel, Sandro, David Duarte, Lucão do Break, Keko Villalva, Ratinho, Jefferson, Gilberto Júnior e Fábio Sanches foram alguns dos esmeraldinos que testaram positivo desde o início da Série A.
“Eventualidade o que ocorreu antes do jogo contra o São Paulo. Foi uma surpresa para todo mundo. Todos esses atletas que testaram positivos, estavam assintomáticos”, disse Bruno Favaron, que salientou que os jogadores esmeraldinos são liberados para treinar após alta feita pelo infectologista parceiro. Como podem ficar de 10 a 14 dias parados, o desempenho físico do atleta pode ser afetado pela ausência de treinos.
Para o jogo de domingo (6), contra o Sport, o elenco esmeraldino foi testado nesta quinta (3). O clube goiano terá até 12h, antes da viagem para Recife, para enviar à CBF os resultados. Mandante, o Leão precisa encaminhar com 24h antes da partida. Esses prazos foram definidos pela CBF, justamente após a primeira rodada do Brasileirão, em que o confronto do Goiás contra o São Paulo teve de ser adiado.
Depois disso, inclusive, o Goiás voltou a fazer exames de Covid-19 em Goiânia. Para o jogo diante do São Paulo, a direção esmeraldina seguiu a recomendação da CBF, que orientou os clubes a utilizarem o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para realização dos testes.
“Voltamos a fazer os exames em Goiânia, por questões de logística. Para fazer no laboratório terceirizado pelo Einstein, havia uma demora no transporte das amostras, que geral um atraso na entrega dos resultados. Como não recebemos em tempo hábil, optamos por voltar a fazer em Goiânia”, explicou o médico do Goiás.
O levantamento foi produzido antes da disputa da 7ª rodada da Série A, que finalizou na quinta-feira (3). Depois do Goiás, o Vasco aparece com 25 casos, Corinthians com 23, Atlético-GO com 13 e Ceará com 10. Os outros 13 times registraram menos de oito casos.
Os números, no entanto, podem aumentar já que a pandemia no Brasil está longe de ser controlada. Além disso, jogadores, comissões técnicas e staff dos 20 clubes da Série A vão realizar nova bateria de exames antes dos jogos da 8ª rodada, procedimento que vai anteceder cada jornada do Brasileirão pelo menos até o fim da competição.
Por ora, desfalque no Goiás apenas por lesão. Lucão do Break, com problema muscular, segue fora dos treinos e não deve atuar nas próximas duas semanas. Rafael Moura e Victor Andrade, no entanto, estão recuperados e reforçam a equipe para o confronto de domingo.