Esporte

Para o Goiás, bola aérea tem sido remédio e veneno

Diomício Gomes
Matheus Peixoto marcou seu primeiro gol pelo Goiás ao concluir, de cabeça, em jogada de bola levantada na área

O forte jogo aéreo ofensivo do Goiás tem sido uma marca da equipe esmeraldina nos últimos jogos. Ao mesmo tempo, a equipe do técnico Emerson Ávila tem na bola aérea defensiva um ponto fraco a ser trabalhado para ser competitivo tanto na Série A do Brasileiro quanto na Copa Sul-Americana.

Nos três últimos jogos do Goiás, a bola levantada na área foi sinônimo de perigo, tanto no ataque quanto na defesa. Na sequência de jogos por Série A e Copa Sul-Americana, o Goiás marcou quatro gols em jogadas aéreas e sofreu outros quatro gols dessa maneira. Na soma, uma derrota, para o Athletico-PR, um empate com o Universitario, do Peru, e uma vitória sobre o Corinthians.

Na estreia no Brasileiro, contra o Athletico-PR, o Goiás sofreu os dois gols da derrota com jogadas aéreas bem trabalhadas pelo adversário. A defesa esmeraldina mostrou fragilidade pelo alto, e o Furacão soube aproveitar muito bem.

Só que o Goiás tem nesta temporada a marca de ser uma equipe que organiza bem as jogadas com cruzamentos na área na hora de atacar. O lateral esquerdo Sander se destaca como um bom assistente com cruzamentos precisos para os jogadores que atacam a área. Outro jogador importante na preparação dessas jogadas é o meia argentino Julián Palacios.

Na partida contra o Universitario, em Lima, o Goiás chegou a abrir dois gols de vantagem com duas jogadas de bola aérea. Se o atacante Nicolas, hoje no Ceará, era a principal figura finalizadora desse tipo de jogada no elenco esmeraldino, o time agora mostra outra face. Além das jogadas preparadas para o centroavante Matheus Peixoto, o Goiás tem feito gols também por meio de jogadores que aparecem como elemento surpresa dentro da área.

Em poucos jogos, o volante Everton Morelli mostrou que é um jogador com a capacidade de se colocar na área para cabecear e fazer gols. O jogador fez o primeiro do time esmeraldino em Lima, de cabeça, após cobrança de escanteio e desvio no primeiro poste.

Na vitória sobre o Corinthians, o jogador apareceu como um centroavante na área e ajudou a enganar a marcação da equipe paulista para deixar Matheus Peixoto livre para marcar.

Maguinho é outro destaque

Outro jogador que tem se destacado é o lateral direito Maguinho, que tem 1,69 metro de altura, sem a estatura de Morelli, por exemplo, que tem 1,85 metro. O jogador marcou dois gols de cabeça nesta temporada, sendo o primeiro na decisão da semifinal da Copa Verde diante do Cuiabá e o último deles no empate com o Universitario, pela Sul-Americana.

Na vitória de virada sobre o Corinthians, neste último domingo (23), o Goiás conseguiu construir a virada pelo alto. O primeiro gol saiu de um cruzamento perfeito de Palacios para Matheus Peixoto marcar o primeiro gol dele com a camisa do Goiás, de cabeça.

O segundo gol esmeraldino saiu de uma cobrança de escanteio feita pelo lateral esquerdo Sander, que encontrou o zagueiro Lucas Halter na área. O defensor mostrou bom poder de finalização para marcar de cabeça, sem chances para Cássio.

Para as próximas rodadas de jogos, tanto pela Série A quanto pela Sul-Americana, o técnico Emerson Ávila terá de encontrar o equilíbrio defensivo para que o time pare de sofrer gols pelo alto. Esse tipo de jogada foi crucial para que o Goiás saísse de Lima sem a vitória sobre o Universitario, pois o time peruano forçou jogadas pelo alto e encontrou os dois gols necessários para evitar a derrota àquela altura.

Contra o Corinthians, no último domingo (23), o time esmeraldino já mostrou uma certa evolução neste aspecto. Além de não ter sofrido gol de bola aérea, o time comandado por Emerson Ávila ganhou 13 disputas de jogadas aéreas no jogo, enquanto os corintianos conseguiram vencer apenas oito disputas pelo alto ao longo da partida.

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