Esporte

Revolta do Goiás contra árbitro marca derrota em Santos

Fernanda Luz/AGIF/Folhapress
Em disputa entre Joaquim (caído) e Lucas Halter (3), árbitro marcou pênalti para o Santos contra o Goiás

Indignação e revolta marcaram a reação do Goiás à derrota para o Santos, por 4 a 3, neste domingo (9), na Vila Belmiro, pela 14ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Os esmeraldinos trocaram o sentimento de euforia, após reação diante do Peixe ao empatar uma partida em que ficou perdendo por dois gols de diferença em dois momentos, por ira com a arbitragem de Bruno Arleu Araújo, que assinalou pênalti de Lucas Halter sobre Joaquin nos acréscimos do 2º tempo.

O Goiás entende que não foi a primeira vez que Bruno Arleu Araújo prejudicou a equipe e criticou a forma como a CBF lida com as punições aos árbitros que cometem erros no futebol brasileiro. O vice-presidente de futebol do Goiás, Harlei Menezes, fez um protesto endereçado ao presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, e nem quis dizer o nome do árbitro na Vila Belmiro.

“Esse cidadão que apitou o jogo aqui, que não merece ter o nome mencionado pela presidência do Goiás, vai para a casa dele, vai apitar a próxima rodada e, se tomar um ganchinho, é um ganchinho desses, nível de CBF, que conhecemos bem. E nós não, nós vamos para casa, lamber as feridas e reorganizar todo um trabalho para poder seguir nesse campeonato que, sabemos, infelizmente, está sem credibilidade”, destacou.

Em situação ruim na tabela, o Goiás precisava de uma vitória sobre o Santos para sair da zona do rebaixamento e se afastar dela. No intervalo, o time esmeraldino já perdia por 3 a 1. Só que, com mudanças feitas pelo técnico Armando Evangelista, o time melhorou e buscou o empate, inclusive com um gol do estreante João Magno.

O empate, após escalada de uma situação difícil, seria um prêmio pela persistência da equipe. Só que o time esmeraldino deixou a Vila Belmiro com um sentimento muito pior.

A derrota não foi o ponto principal para explicar a posição do clube, mas a forma como ela aconteceu. No pênalti marcado por Bruno Arleu Araújo, houve disputa de ombro entre Lucas Halter e Joaquim, em bola alçada para a área. Depois da marcação, o árbitro de vídeo chamou o juiz principal para analisar o lance no vídeo e, após consulta, o árbitro confirmou a decisão que tinha tomado no campo.

Apesar das duras críticas feitas pela diretoria do clube, o sentimento que fica no Goiás é que a reclamação tem pouco efeito. O vice de futebol do clube disse que o assunto sobre o lance que resultou na vitória do Santos será comentado e debatido no fim de semana, mas será esquecido e novos erros voltarão a acontecer. “Isso deixa a gente cada vez mais enojado do que se tornou o futebol brasileiro”, disse Harlei.

Lance semelhante

Após o pênalti controverso convertido por Mendoza, que selou o resultado em 4 a 3 para o Santos, um lance semelhante aconteceu no último minuto da partida. O meia Guilherme Marques cobrou escanteio e Messias bloqueou a aproximação de João Magno, que se deslocava para cabecear a bola. A comissão técnica e os jogadores reservas cobraram a revisão do lance, mas o árbitro encerrou a partida logo depois.

O empate na Vila Belmiro não seria suficiente para que o time esmeraldino deixasse a zona do rebaixamento, mas, além de deixar o Goiás mais perto da 16ª colocação, também impediria que um concorrente direto abrisse vantagem.

O Goiás volta a campo só no dia 17 de julho (segunda-feira), quando encara o Atlético-MG na Serrinha. O time esmeraldino ainda enfrenta Cruzeiro (fora), Grêmio (casa), Fortaleza (casa) e América-MG (fora) até o fechamento do 1º turno deste Brasileirão.

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