O Santos conseguiu na noite desta quarta-feira (6) um resultado importante na luta para avançar à final da Copa Libertadores. A equipe alvinegra abriu o confronto semifinal com o Boca Juniors, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, com um empate por 0 a 0.
O duelo será concluído na próxima quarta (13), na Vila Belmiro. Como existe na competição o critério dos gols fora de casa, uma eventual igualdade com gols Na Baixada Santista beneficiará os argentinos. Nova partida sem bola na rede terá decisão por pênaltis.
Quem sair vitorioso do confronto estará classificado para a decisão, no dia 30 de janeiro, no Maracanã -sem público, como tem sido a regra na pandemia do novo coronavírus. O sobrevivente vai encarar o ganhador do embate entre Palmeiras e River Plate.
O time alviverde venceu por 3 a 0 na Argentina e deixou bem encaminhada sua classificação à decisão. O Santos espera também continuar sua caminhada e configurar o que pode ser a terceira final brasileira na história do torneio.
Nesta quarta, os alvinegros não deixaram o estádio insatisfeitos com o placar, mas reclamaram bastante de um pênalti em Marinho. O árbitro chileno Roberto Tobar não viu a infração e também não foi orientado para rever o lance no vídeo.
Sem a sempre intimidante torcida do Boca na Bombonera, o Santos soube controlar muito bem as ações no primeiro tempo. Até o intervalo, os visitantes finalizaram mais (quatro conclusões, contra duas dos anfitriões) e tiveram 56% da posse de bola, de acordo com números da Conmebol.
Houve dificuldade apenas nos minutos iniciais. O habilidoso colombiano Villa criava problemas pelo lado direito da defesa alvinegra e chegou a acertar o travessão, em lance anulado por impedimento. Logo, porém, o ajuste foi feito na marcação.
O duelo virou um jogo de meio-campo, com muita disputa na faixa central e nenhuma chance clara. A formação alvinegra levava até maior perigo, já que Soteldo, com liberdade de movimentação, caía pelo lado esquerdo e incomodava o lateral Jara.
Cumprido o papel na primeira metade, os jogadores do Santos permaneceram no gramado em vez de descer para o pequeno vestiário da Bombonera. Pode ter pesado a superstição de Cuca, que já adotou esse artifício em ocasiões anteriores.
Já os atletas do rival desceram e retornaram com novo ânimo. A equipe portenha passou a adotar um comportamento um pouco mais agressivo e logo criou uma chance, em bola tomada no ataque. John defendeu o chute de Salvio.
Cuca, aos 11 minutos, abriu mão de Soteldo e colocou o volante Sandry. Miguel Ángel Russo respondeu com uma alteração ofensiva no meio-campo, trocando o marcador González pelo mais habilidoso Cardona.
Teve efeito mais positivo a mexida do time brasileiro, que voltou a ter o controle das ações no meio de campo. Em uma bola roubada por ali, Marinho entrou na área e foi derrubado por Izquierdoz. Apesar de toda a reclamação, o pênalti não foi marcado.
FICHA TÉCNICA
BOCA JUNIORS: Esteban Andrada; Leonardo Jara, Lisandro López, Carlos Izquierdoz e Frank Fabra; Nicolás Capaldo, Diego González (Cardona), Sebastián Villa e Eduardo Salvio (Buffarini) ; Carlos Tevez e Franco Soldano (Ábila). Técnico: Miguel Russo
SANTOS: John, Pará, Lucas Veríssimo (Laercio), Luan Peres e Felipe Jonatan; Alison, Diego Pituca e Soteldo (Sandry) ; Marinho, Lucas Braga e Kaio Jorge (Madson) Técnico: Cuca
Estádio: La Bombonera, em Buenos Aires (ARG)
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes: Claudio Urrutia e Alejandro Molina (CHI)
VAR: Juan Benítez (PAR)
Cartões Amarelos: Villa (Boca)