Pela terceira vez na história, Brasil e Estados Unidos vão se enfrentar na decisão do torneio olímpico de futebol feminino. Em Paris, as brasileiras terão uma nova chance de revanche, já que as americanas estão em vantagem: elas venceram as finais nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008.
A possível vingança das brasileiras teria um sabor especial para Marta, de 38 anos, única jogadora do atual plantel canarinho que disputou as duas finais anteriores.
Em sua possível despedida da seleção brasileira, a jogadora eleita seis vezes a melhor do mundo busca o que seria seu primeiro título no maior palco do esporte. Além das duas medalhas de prata, ela também foi vice-campeã mundial em 2007, numa campanha em que o Brasil eliminou os EUA na semifinal, e acabou derrotado na decisão pela Alemanha.
Marta torceu muito por essa classificação, afinal só assim para ela ter a chance de se despedir em grande estilo já que ela acabou expulsa na última partida da fase de grupos, justamente contra a Espanha, e não pôde atuar contra França e Espanha, respectivamente, pelas quarta de final e pela semifinal.
Há 20 anos, na primeira vez em que brasileiras e americanas duelaram na final olímpica, o Brasil perdeu por 2 a 1. Quatro anos depois, a derrota foi pelo placar mínimo, 1 a 0.
Só de avançar à final, contudo, a equipe canarinho conseguiu manter uma escrita neste século. Desde os Jogos de Atenas-2004, o futebol sempre voltou para casa com, pelo menos, uma medalha: Atenas-2004 (prata no feminino), Pequim-2008 (prata no feminino e bronze no masculino), Londres-2012 (prata no masculino), Rio-2016 (ouro no masculino) e Tóquio-2020 (ouro no masculino).
Jogadoras
As jogadoras da seleção brasileira exaltaram a força do elenco montado por Arthur Elias após conquistarem a vaga para a final do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris-2024. O Brasil goleou a Espanha por 4 a 2, nesta terça-feira (6), e voltou à decisão após 16 anos.
Angelina afirmou que o grupo “fez acontecer”. A meio-campista parabenizou o restante da equipe e destacou a confiança que o time adquiriu após se classificar contra a França nas quartas de final.
Duda Sampaio destacou o “desafio” que veio desde a primeira fase complicada. A jogadora do Corinthians afirmou que, mesmo diante dos desafios, o elenco sempre acreditou que poderia chegar à final.
Tarciane também citou a importância da fase de grupos complicada. A zagueira falou sobre a imposição do Brasil contra França e Espanha no mata-mata.
Como foi a semi
O Brasil não tomou conhecimento e atropelou a Espanha por 4 a 2, na semifinal. Paredes (contra), Gabi Portilho, Adriana e Kerolin marcaram os gols brasileiros. Paralluelo (duas vezes) descontou para as espanholas.
Marta, suspensa, não jogou. A jogadora cumpriu o segundo jogo de suspensão após a expulsão contra a mesma Espanha, na fase de grupos. Ela já não havia jogado contra a França, nas quartas de final.
O Brasil passou da fase de grupos como um dos melhores terceiros colocados. A seleção venceu a Nigéria, mas perdeu para Japão e Espanha nos outros dois jogos. Nas quartas de final, as comandadas de Arthur Elias despacharam a França, dona da casa, vencendo por 1 a 0. Agora, passaram pela Espanha.