Há um ano, no dia 15 de maio, o técnico Jorginho pediu demissão do Atlético-GO, pois não concordava com as críticas públicas feitas pelo presidente do clube, Adson Batista. Depois de um ano e um dia, nesta segunda-feira (16), o treinador acertou o retorno ao Dragão para iniciar o segundo ciclo pela agremiação.
Ele será o quarto técnico do clube na temporada: passaram antes Marcelo Cabo (quatro jogos), Eduardo Souza (quatro jogos) e Umberto Louzer (22 partidas e demitido no sábado, após revés para o Atlético-MG, por 2 a 0).
O treinador e o dirigente atleticano se reuniram no Rio, apararam as arestas e selaram a paz e o contrato até o final de 2022. Jorginho voltará com uma missão definida - fazer a equipe reagir na Série A do Brasileiro, em que é penúltima colocada (três pontos), ainda sem vencer e vivendo fase ruim, pois empatou três partidas em que sofreu gol nos últimos minutos.
Jorginho virá com o auxiliar, Joelton Urtiga. A experiência, o conhecimento do clube e o bom trabalho realizado ano passado, mesmo divergindo de Adson Batista, pesaram para que o ex-lateral da seleção brasileira, do Flamengo e de destaque no futebol alemão novamente fosse procurado e contratado.
A última passagem dele no comando de uma equipe foi ano passado, quando assumiu o Cuiabá-MT, garantindo-o na Série A - em 31 partidas, obteve 13 vitórias, dez empates e oito derrotas (46% de aproveitamento e garantindo vaga na Copa Sul-Americana).
"Ele (Jorginho) me conhece e eu o conheço. Nós ajustamos (acordo). Ele já tinha falado comigo, há um tempo atrás, do interesse dele de voltar ao Atlético-GO, pois gostou muito. E que, se fosse hoje, não tinha nem saído. Ele é um cara de caráter, tem capacidade, os jogadores respeitam. É um cara trabalhador, está com vontade de trabalhar e isso, para mim, pesa. Experiente, conhece bem a competição", justificou Adson Batista, ainda no Rio de Janeiro.
Nesta terça-feira (17), enquanto o Atlético-GO busca a quarta vitória na Sul-Americana, sobre o Antofagasta (Chile), Jorginho e Joel Urtiga acompanham o time no Antonio Accioly.
No Dragão, Jorginho ficou marcado por levar o time à conquista de duas vitórias fora do País, as primeiras do clube em nível internacional, sobre o Palestino (Chile, por 1 a 0) e Libertad (Paraguai, de 2 a 1). Após empatar na estreia com o Newell's Old Boys (da Argentina, por 0 a 0), o time empatou de novo por 0 a 0 com o Palestino, em Goiânia.
Após empate com o Palestino, Jorginho foi criticado publicamente por Adson Batista. Na tarde do dia 15 de maio, num sábado, o treinador manifestou ao dirigente o descontentamento pelo fato e pediu demissão do comando técnico. Antes, não conseguiu levar o time à decisão do Goianão, pois foi eliminado nos pênaltis, na semifinal, pelo Grêmio Anápolis.