Esporte

Zé Ricardo critica reconstrução do Goiás após demissão: 'Não passou de palavras'

Fábio Lima
Zé Ricardo (de preto) foi demitido do Goiás após a eliminação da equipe esmeraldina na Copa Verde para o rival Vila Nova

O técnico Zé Ricardo criticou a diretoria do Goiás um dia após ter sido demitido do clube goiano. O treinador de 52 anos disse que o projeto da equipe “não passou de palavras” e entendeu que houve “pressa e falta de convicção” no momento dos dirigentes tomarem a decisão da sequência do seu trabalho.

Na segunda-feira (25), um dia após a eliminação do Goiás na Copa Verde para o rival Vila Nova, o CEO Luciano Paciello concedeu entrevista coletiva e anunciou as demissões de Zé Ricardo e do diretor de futebol Agnello Gonçalves. Antes, o time esmeraldino foi eliminado do Campeonato Goiano, pelo Goiânia.

“Lamento, mais uma vez, por um projeto no Brasil não passar de palavras”, disse Zé Ricardo em comunicado enviado por sua assessoria de imprensa.

“Montamos uma equipe para o Estadual, fizemos a integração com as categorias de base e, com muito compromisso e trabalho, acabamos a fase de classificação em primeiro lugar, invictos, com a melhor defesa e o segundo melhor ataque, o que mostrou um equilíbrio da equipe, que acabou eliminada nos pênaltis nas quartas de final”, completou o treinador.

Zé Ricardo frisou que acreditava que dentro do cenário que o Goiás se encontra, o “trabalho estava sendo desenvolvido e com a certeza de que iria evoluir com a chegada de novos atletas para a sequência, como havia sido planejado”.

O treinador disse que “pressa e a falta de convicção” levaram a direção do Goiás decidir por sua demissão, mesmo com 70% de aproveitamento em 16 jogos (nove vitórias, seis empates e uma derrota).

“Ficam meu respeito e admiração pelos atletas, funcionários e torcedores, e a esperança de dias melhores para o futebol brasileiro", concluiu o técnico do Goiás.

Confira o comunicado completo do técnico Zé Ricardo:

"Lamento, mais uma vez, por um projeto no Brasil não passar de palavras. No dia 03/01/24 iniciamos o trabalho no Goiás praticamente do zero, com muitas travas e dificuldades de orçamento e mercado. Montamos uma equipe para o Estadual, fizemos a integração com as categorias de base e, com muito compromisso e trabalho, acabamos a fase de classificação em primeiro lugar, invictos, com a melhor defesa e o segundo melhor ataque, o que mostrou um equilíbrio da equipe, que acabou eliminada nos pênaltis nas quartas de final. Dentro do cenário encontrado, entendi perfeitamente que o trabalho estava sendo desenvolvido e com a certeza de que iria evoluir com a chegada de novos atletas para a sequência, como havia sido planejado. Mas a pressa e a falta de convicção que ainda fazem parte no futebol brasileiro levaram o clube a tomar essa decisão, mesmo com 70% de aproveitamento. Ficam meu respeito e admiração pelos atletas, funcionários e torcedores, e a esperança de dias melhores para o futebol brasileiro".

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