Sob o comando de Fátima Bernardes, os técnicos Carlinhos Brown, Iza, Lulu Santos e Michel Teló estão prontos para virar suas cadeiras e formar times para a última temporada do "The Voice Brasil", da Globo. O reality musical começa nesta terça-feira (28), após a novela "Terra e Paixão", e a expectativa é de vozes goianas na disputa da competição. O formato até a coroação segue o mesmo: Audições às Cegas, Batalhas, Tira-Teima e apresentações finais ao vivo.
Em 11 edições, nenhum goiano foi campeão ainda, mas Goiás sempre fez bonito no programa com representantes chegando nas finais e atualmente com carreiras consolidadas. É o caso da cantora Day Limns, finalista em 2017 no time Lulu Santos, que acaba de lançar novo disco de estúdio, "Vênus≠netuno" e está confirmada no festival Lollapalooza Brasil, que acontece entre os dias 22 e 24 de março de 2024 no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
“Tinha zero experiência. O engraçado é que eu fazia de tudo para fugir do que mais queria na vida que era tocar num palco para todo o Brasil. Eu tinha medo dos julgamentos, mas enfrentei e a vida provou que tinha de estar ali mesmo para mostrar o meu trabalho”, lembra Day, que também é reconhecida como compositora. Ela é dona do sucesso "Complicado", gravado por Vitão com a Anitta, lançado em 2020.
O segundo goiano a chegar na final do "The Voice Brasil" foi Willian Kessley, que manteve uma identidade pagodeira em toda temporada em 2019 e tinha Ivete Sangalo como técnica. O artista, que estudou música por conta própria e chegou a trabalhar como preparador vocal de artistas como a sertaneja Naiara Azevedo, mora hoje no Rio de Janeiro e acaba de lançar a música "Sob Nova Direção", em parceria com Binho Simões, disponível em todas as plataformas digitais.
“Nasci em um lar onde a música estava por toda parte. Meu pai estudava trombone no quarto, minha irmã mais velha cantava pela casa ensaiando para as apresentações da igreja, e eu ficava batucando nas panelas da minha mãe, além de que quase toda semana todos os parentes se reuniam para ensaiar um enorme coral que a gente formava, a Família Ravi. Então tive incentivo de todos os lados para seguir na música e sou grato ao "The Voice Brasil" por me ajudar a dar esse passo”, disse Willian Kessley.
Outro goiano que fez bonito no reality foi Manso, em 2020, chegando nas semifinais. O curioso é que ele tinha participado da seletiva em 2013, mas acabou não sendo escolhido pela produção para entrar na primeira fase. Naquela edição, ele conquistou os jurados e público cantando canções internacionais, caso de "Gravity", de John Mayer. Ele fez parte do time de Michel Teló, que é o técnico que soma mais vitórias na história do programa. Das 11 edições, ele levou 7.
Manso é um velho conhecido da cena regional. Antes da carreira solo, por exemplo, ele fazia parte da banda teen Hazzi, que tocou em grandes festivais, como Vaca Amarela e o Revirada Rock. Pouco tempo depois do "The Voice", o goiano também foi selecionado para participar do projeto Sofar Sounds, maior comunidade de música independente do mundo. Apenas dois artistas foram selecionados para passar uma temporada em Londres, Inglaterra.
Na edição 2021, conquistada pelo cearense Giuliano Eriston, do time Teló, Goiás também chamou a atenção com seis vozes classificadas nas Audições às Cegas. Dona Preta (Itumbiara), Érika Ribeiro (Iporá), Júlia Rezende (Ipameri), Fabiana Gomes (Inhumas), Anna Júlia (Goiânia) e Léo Pinheiro (Mara Rosa) estavam na disputa. Nenhum dos concorrentes chegou nas semifinais. É bom lembrar que o número maior de goianos na disputa havia sido em 2019, com cinco.