A atriz Angelina Jolie falou sobre o racismo em meio à onda de protestos após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos. Em entrevista para a Harper's Bazaar, publicada em 12 de junho, ela destacou a necessidade de mudanças estruturais profundas em vários aspectos da sociedade.
Na entrevista, Angelina destacou que sente que “o mundo está acordando”, e destacou que já é hora de mudar as leis e instituições, a partir de conversas com aqueles que foram negativamente afetados por elas e que foram excluídos. A atriz comentou que também se preocupa por ter uma filha negra, Zahara Jolie Pitt, de 15 anos, adotada na Etiópia em 2005.
"Um sistema que me protege mas que talvez não proteja minha filha - ou qualquer homem, mulher ou criança no nosso país baseado na cor da pele - é intolerável”, defendeu a atriz. Angelina disse que é necessário ir além de “simpatia e boas intenções” para chegar em leis e políticas que abordem o racismo estrutural e a impunidade.
“Acabar com o abuso policial é apenas o começo. Vai muito além disso, para todos os aspectos da sociedade, do nosso sistema educacional à política”, comentou Angelina. Perguntado sobre a melhor forma de ensinar crianças sobre o racismo, a atriz disse que é necessário aprender a “ouvir os que estão sendo oprimidos e nunca assumir que você sabe [sobre o tema]”.
Angelina comentou que recentemente mudou o foco das suas ações sociais, destinadas tanto a outros países quanto para os Estados Unidos: “existem mais de 70 milhões de pessoas que fogem dos seus lares ao redor do mundo por causa da guerra e de perseguição, e há racismo e discriminação nos Estados Unidos”.