Depois de oito meses fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus, as salas de cinemas tradicionais na capital podem estar perto de reabrir. Dois pedidos para flexibilização do setor foram encaminhados à prefeitura de Goiânia e, na próxima segunda-feira (23), o tema entra em discussão no comitê de crise instalado para o enfrentamento da Covid-19. Em outras cidades, como Aparecida de Goiânia, Jataí, Anápolis e Valparaíso de Goiás, há pouco mais de um mês, as sessões já foram retomadas.
“É difícil saber quais são as chances da autorização de reabertura desse segmento porque envolve vários outros setores, que não são apenas de interesse comercial, como o Ministério Público e a Secretária de Saúde. Mas o nosso cenário epidemiológico é favorável porque estamos desde setembro com redução de óbitos e nossa taxa de internação está abaixo de 50%. Hoje Goiânia tem condições de flexibilizar esse setor”, avalia o superintendente de vigilância em saúde de Goiânia, Yves Mauro Fernandes Ternes.
Caso seja aprovada a flexibilização da reabertura dos cinemas, a previsão é que em cinco dias as salas estejam funcionando novamente na capital. “Sendo autorizado vai ser publicado uma nota técnica e depois um decreto favorável. Até o fim de semana provavelmente já teria o retorno”, prevê Yves. O superintendente adiantou que o protocolo está sendo analisado e que segue regras como medição da temperatura na entrada, distância de duas poltronas, higienização das salas no intervalo das sessões e disponibilização de álcool em gel.
Yves lembra que apesar do cenário favorável, a situação de outras cidades, como São Paulo, que vem, segundo infectologistas, passando pela segunda onda da doença, pode ser levada em consideração na decisão de flexibilização dos cinemas. “O Ministério Público já está se movimentando para reabertura de novos leitos em Goiânia e com certeza pode colocar alguns questionamentos em algumas liberações de atividades que não ocorreram ainda, caso dos cinemas”, ressalta o superintendente.
Vários países da Europa, como França e Portugal, que foram os primeiros a reabrirem em junho, fecharam recentemente novamente as salas de cinema por conta da segunda onda do novo coronavírus, assim como Itália, Polônia, Alemanha e Irlanda.