Mais um capítulo do que se pode fazer de bom com o pequi. A novidade é resultado de um trabalho desenvolvido na Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), que teve a participação da mestranda Mara Lina Rodrigues.
Pensando em alternativas para o consumo do fruto, a pesquisa desenvolveu uma maionese à base do azeite de pequi. O resultado final do produto mostrou-se compatível com a tradicional maionese, com a vantagem de conservar as propriedades benéficas ao corpo humano do azeite de pequi.
A pesquisadora percebeu que o aquecimento do óleo de pequi prejudicava a atuação antioxidante do produto no corpo humano, uma das principais características benéficas do ingrediente. “Começamos a buscar uma alternativa para aproveitar o azeite de pequi de forma que ele não passasse por aquecimento. Chegamos então à maionese, um alimento feito com óleo mas que não utiliza fogo em seu processo de fabricação”, explicou.
A partir daí, o grupo realizou diversos testes e chegou a uma formulação que evidencia o máximo possível do sabor do azeite de pequi, sem comprometer as características tecnológicas da maionese. “No final obtivemos uma maionese de cor amarela intensa e sabor bem característico do azeite de pequi”, afirmou Mara Lina.
Premiação
A pesquisa que resultou no produto foi escolhida pelo Congresso Brasileiro do Processamento de Frutas e Hortaliças como o melhor trabalho do evento. A escolha se deu porque a maionese é um produto de grande consumo em todas as faixas etárias e, neste estudo, aproveitou o derivado de um fruto típico do Cerrado, produzido por agricultores familiares dessa região, sem comprometer as características funcionais do azeite.