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Festival ‘Na Ponta do Nariz’ começa nesta sexta-feira (2) em Goiânia

Divulgação

O festival Na Ponta do Nariz tem início nesta sexta-feira (2) e ocupa vários cantos de Goiânia até o dia 16 de agosto, com uma programação gratuita. As apresentações do festival se dividem em vários espaços da capital, como o Centro Cultural UFG, o Martim Cererê, a Federação de Teatro de Goiás (Feteg), o Catavento e o Hospital Geral de Goiânia (HGG).

Destaque para os espetáculos longevos "Vamos a La Praia" e "A História é uma Istória", ambos do Grupo de Teatro Bastet, e "Por um Fio", da Trupe Arlequin de Circo Teatro, companhia paraibana fundada por Diocélio Barbosa. A abertura será com a oficina de mímica do premiado artista Miqueias Paz (DF), 61, com mais de 40 anos de carreira e referência no gênero, reconhecido entre artistas da América Latina.

“O mímico é aquele que faz do corpo o grande instrumento de comunicação com a plateia sob uma ótica dramatúrgica. Minha proposta é levar para quem não conhece a importância da minha arte como base de formação e, para quem já está familiarizado, fortalecer processos de exercícios e aprofundamento nessa linguagem”, adianta Miqueias Paz, que participa do projeto desde a primeira edição. “A palhaçaria mexe com os nossos sentimentos mais puros, autênticos e ingênuos; ela faz com que aflore o que há de bonito, que é o sorriso e a alegria de viver. É uma honra fazer parte dessa história”, celebra.

Criado em 2010, o Na Ponta do Nariz chega à 9ª edição e retorna ao calendário com apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia. As novidades de 2024 incluem a adição de stand-up, em parceria com o Guardians Comedy Club, embora os ingressos não sejam gratuitos e sejam comercializados pela plataforma Sympla. Outras ações inéditas são o lançamento do livro O que (Não) é Circo? Circ/uns/grafias nas Artes da Cena, do artista Jhonatan Sena, e a palhaçoterapia, com visitas a instituições filantrópicas e hospitais realizadas pelos grupos Trupicando em Sonhos, Missão Sorriso e Condutores do Riso.

História

O festival nasceu há 14 anos a partir de uma pesquisa cênica para a montagem de "Vamos a La Praia", do Grupo de Teatro Bastet, criado em 2003, formado por oito atores que se profissionalizaram durante o processo de consolidação e apresentação de resultados de seus estudos e treinamentos. O espetáculo conta a aventura de dois palhaços que resolvem, em um dia de sol, ir ao mar, mesmo sem morar no litoral. Com objetos inusitados, brincadeiras, números circenses e efeitos sonoros, o cenário é montado diante dos sentidos do público. A única apresentação será na quarta-feira (7), às 14h30, no Martim Cererê.

A representatividade e inclusão sempre se fez presente na história do evento. Na 5ª edição, por exemplo, a programação contou com a participação da Associação Hôtxua Companhia Ihkên, formada por palhaços indígenas da tribo craô, do Tocantins. No ano seguinte, foi voltado totalmente para as mulheres, buscando assim equilibrar os anos anteriores que tiveram mais homens. Grandes artistas internacionais também já passaram por esse palco, como o palhaço espanhol Pepe Nunez, o americano Avner Eisenberg e Sue Morrison (mestre canadense herdeira do legado do pioneiro Richard Pochinko (1946-1989).

Ao longo da história, algumas edições não foram realizadas, como as de 2023, 2020, 2019 e 2018. Além disso, em 2021, o Na Ponta do Nariz aconteceu no formato on-line e, no ano seguinte, apostou no híbrido, em ambos os casos prejudicados pela pandemia da Covid. “Trata-se de um festival que depende de leis de incentivo para acontecer. Estamos felizes com essa volta e contamos com o apoio do público para que possamos construir juntos essa linguagem da palhaçaria e seguir formando público”, confia Juan Rocha, que afirma que existe um estudo em curso para que o evento passe a ser realizado a cada dois anos.

Serviço:

Festival: 9ª edição Na Ponta do Nariz
Data: De sexta-feira (2) a 16 de agosto
Locais: CCUFG, Feteg , Martim Cererê e HGG
Entrada franca
Informações: Instagram @festivalnapontadonariz

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