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'Globo Repórter’, desta sexta-feira (15), adentra a sustentabilidade dos oceanos

Divulgação TV Globo

O período de 2021 a 2030 foi marcado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, a fim de conscientizar a população global sobre a importância dos mares e sua preservação. Poucos sabem, mas as baleias-jubarte, por exemplo, têm papel fundamental no combate à poluição, e os corais são o tesouro da economia azul. O "Globo Repórter" desta sexta-feira (15) faz um mergulho no planeta água e mostra como a vida marinha em equilíbrio é uma fonte de renda poderosa que gera milhões de empregos.

Em três dias e duas noites, a repórter Bette Lucchese vai ao primeiro Parque Marinho do Brasil, no arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia, que representa um marco para a conservação marinha no País. Bette faz o percurso ao lado de pesquisadores do Projeto Baleia Jubarte, que desde 1988 estudam rotas milenares que começam na Antártida, onde todos os anos as jubartes enfrentam um jejum de oito meses na travessia do continente gelado até o Nordeste brasileiro. O programa mostra como esse animal, que voltou a aparecer no Rio de Janeiro há pouco mais de cinco anos, tem grande importância na ciclagem de nutrientes, já que por onde passa aumenta a produtividade de microalgas que reduzem o gás carbônico da atmosfera. 

Durante a expedição, após muitos anos sem vê-las, o programa registra o momento em que os pesquisadores avistam uma baleia franca, algo raríssimo por ser uma espécie muito ameaçada que, durante o período colonial, era considerada a baleia certa para matar. Na economia do passado, o óleo delas valia mais que o petróleo. Com aparecimento de cada vez mais espécies, mais pessoas querem estar em alto mar para ver de perto as baleias, não para caçar, mas para observar. E, assim, nasce um novo conceito de turismo que movimenta cerca de 15 bilhões por ano e gera emprego para mais de 13 milhões de pessoas. 

“Os negócios dentro da economia azul se mostram rentáveis e promissores. Eu e minha equipe embarcamos numa expedição emocionante. Nos encantamos com as baleias que saem da Antártica e seguem até o Nordeste brasileiro pra acasalar e ter os filhotes. E também com os turistas que se aventuram no mar apenas pra contemplá-las”, conta a repórter Bette Lucchese.

Os corais são tesouros da economia azul. As barreiras são raras e ocupam menos de 0,2% dos oceanos, mas abrigam um quarto de toda a vida marinha. Cerca de 18 milhões de brasileiros dependem dos corais de alguma forma. Em Arraial d’Ajuda, na Bahia, o repórter Mario Bonella conhece o projeto Coral Vivo e mostra como os pesquisadores investigam a convivência das espécies. Ele conversa com a doutora em zoologia marinha do Museu Nacional da UFRJ Débora Pires, que conta que os corais desenvolvem mecanismos de defesa e algumas substâncias químicas para repelir os predadores, como as enzimas, que valem ouro na chamada biotecnologia azul.

Na Praia Vermelha, em Ilha Grande, no Rio de Janeiro, Bette Lucchese conhece uma plantação de algas em 38 hectares de fazendas marinhas. A repórter mostra um projeto que iniciou no final dos anos 1990 e hoje tem quatro funcionários, com renda maior que o salário mínimo. O programa mostra que o cultivo de algas pode gerar uma renda de até R$ 10 mil por mês para uma família que aprende a técnica. 

Já os peixes estão cada vez mais escassos. Em Piúma, no Instituto Federal do Espírito Santo, o repórter Mario Bonella apresenta as novas profissões que estão auxiliando no combate ao comércio ilegal de peixes ornamentais, que tem 38 milhões de peixes caçados por ano. O programa fala, ainda, da importância dos faróis para a proteção dos navegadores, o que também simboliza a luz que guia a ciência no caminho da preservação. 

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