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Globo Repórter mostra grandes mercados que contam histórias do Brasil

Reprodução/Globo
Sandra Annemberg fala sobre o Mercado Municipal Paulistano: “Pense em qualquer ingrediente, tem!"

Os grandes mercados que contam e recontam as histórias de três cidades brasileiras é o tema do Globo Repórter desta sexta-feira (21). Esses tradicionais locais em São Paulo, Salvador e Belo Horizonte ilustram o programa, que reúne reportagens das jornalistas Sandra Annemberg, Camila Marinho e Viviane Possato.

A transformação de uma então vila para cidade – hoje, a maior da América Latina, a chegada dos imigrantes e a ocupação do Mercado Municipal Paulistano pelos comerciantes – o famoso Mercadão – estão entre os destaques que Sandra Annemberg registrou durante as entrevistas com os donos dos estabelecimentos e frequentadores do local. “Eu não ia ao Mercadão há anos e, reencontrá-lo às vésperas de completar 90 anos, foi uma viagem no tempo. Continua lindo, com sua arquitetura imponente e desenhada pelo paulista Ramos de Azevedo. A variedade de produtos é impressionante. Pense em qualquer ingrediente, tem! E, a diversidade de gente é o retrato de São Paulo”, disse Sandra.

Os produtos comercializados no Mercadão retratam histórias desses imigrantes que ajudaram na formação da sociedade paulistana, como o espanhol que teve uma trajetória de sucesso a partir dos sacos de juta encontrados no chão. Além do saboroso sanduíche de mortadela, que faz sucesso entre os visitantes, e que nasceu há quase um século.

A Feira de São Joaquim pode ser considerada o coração de Salvador e muitos a chamam até mesmo de “mãe” porque é sinônimo de acolhimento e resiliência. É na Cidade Baixa que está localizada a maior feira livre da capital baiana, onde há mais de meio século esse grande mercado representa uma mistura de cores, sabores e credos que fazem do local uma fonte de oportunidades.

“A Feira de São Joaquim é daqueles lugares que lembram um espaço sagrado, onde é possível sentir um pouco do que é a essência da Bahia e a cara de Salvador. Não tenho dúvida de que o telespectador vai sentir a energia desse lugar, que é como colo de mãe: acolhe, sustenta e é carregado de afeto. São histórias de quem venceu na vida e tem, na feira, o maior exemplo de resiliência”, contou Camila Marinho, que conheceu cada cantinho da Feira de São Joaquim.

E que tal um café fresco e um “cadim” de broa? No Mercado Central de Belo Horizonte, em Minas Gerais, essa é uma parada mais que obrigatória. Cerca de 1 milhão de pessoas visitam o local todo mês. E não é segredo que é preciso tempo para desbravar os corredores do mercado. Afinal, além de ter uma variedade de comidas mineiras para experimentar, muitos fregueses gostam de fazer uma “boquinha” em pé no balcão, mesmo. E, claro, tirar aqueles dois dedinhos de prosa.

“O mercado é sempre uma oportunidade de mergulhar nas raízes mineiras e em nossa deliciosa gastronomia. Tomar um cafezinho com broa de milho, comer o tradicional fígado com jiló e bater muito papo! O Mercado Central é nossa praia, já que não temos mar”, brincou Viviane Possato. No momento em que toca a Ave Maria é o sinal de que os portões vão fechar, mas, no dia seguinte, já estarão abertos novamente para mais um dia de visitas e mais quitutes mineiros.

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