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Globo Repórter mostra os benefícios da hidroterapia

Globo/Divulgação
Repórter Ricardo von Dorff esteve no Vale do Capão para conhecer técnicas que usam a hidroterapia

Considerado uma das maiores potências mundiais quando o assunto é a disponibilidade de água, o Brasil tem se aprofundado em pesquisas acadêmicas sobre a hidroterapia.

Se antes não havia comprovação científica, hoje em dia diversos estudos tentam desvendar os benefícios terapêuticos da água, seja ela doce, salgada, fria, quente, do mar, de lagos e até mesmo da torneira de casa. O Globo Repórter desta sexta-feira (25) mergulha no poder desse bem natural abundante no País que precisa ser preservado por esta e pelas próximas gerações.

O programa desta semana é uma parceria com a NSC TV Florianópolis, afiliada da TV Globo em SC, conduzido pelo repórter Ricardo von Dorff. “A humanidade usa há milênios as águas termais em busca de bem-estar, além de serem fontes de saúde. Tudo de forma intuitiva. Foi muito legal ir até aos laboratórios para ver como a ciência está descobrindo como elas agem no organismo, aliviando dores e inflamações”, disse von Dorff.

Um dos destinos do programa é a cidade de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, no Sul do Brasil. Lá está instalada uma das mais antigas fontes de água termal que se tem conhecimento no País - a Fonte Caldas.

Os moradores do município têm direito a buscar gratuitamente 40 litros de água termal por semana, que podem ser utilizados para beber, para cozinhar e até mesmo nos banhos. Nice, que por anos deu aulas de educação física, foi até Santo Amaro em busca do alívio para as dores constantes na coluna depois de se aposentar. Se sentiu tão bem na cidade que a escolheu para ser seu novo lar.

O que era apenas um conhecimento popular, se tornou alvo de pesquisa na Universidade Federal de Santa Catarina: termalismo é o nome dado ao estudo que usa as águas termais de forma terapêutica, com o objetivo de promover o bem-estar físico e mental. Um dos principais exemplos de como a hidroterapia tem dado resultados positivos vem de Florianópolis.

Uma piscina de água mineral, aquecida a 34 graus, é fonte de saúde para pacientes que ficaram com sequelas da Covid-19. Uma delas é Karizy Fernandes da Silva, professora e intérprete de Libras, que chegou a ficar em cadeiras de rodas e, agora, vem reaprendendo a andar com exercícios realizados na água.

“Foi surpreendente constatar uso bem-sucedido das águas termominerais para tratar casos tão distintos como as sequelas da Covid, a cicatrização de ferimentos graves e até para relaxar crianças com o transtorno do espectro autista. O potencial das águas é imenso e o Brasil precisa investir em pesquisas para aproveitá-lo”, completou o repórter.

Não é só no Sul do Brasil que existem casos de sucesso com a prática da hidroterapia. Na região do Vale do Capão, na Bahia, um médico vem atraindo estudantes universitários que querem aprender mais sobre a medicina natural que ele aplica no posto de saúde da cidade.

Muitos problemas do sistema gastrointestinal estão sendo resolvidos com a chamada faixa úmida com água gelada e colocada no paciente que se queixa de dores abdominais. A técnica, inclusive, pode ser usada em animais de estimação. Gatos, por exemplo, costumam sofrer com problemas renais e estão sendo tratados com essa medida.

O mar é mais uma alternativa para quem busca métodos terapêuticos que se utilizam da natureza. A talassoterapia – uso da água do mar como forma de terapia – está entre os tratamentos do SUS em Santa Catarina. O grupo se reúne uma vez por semana na praia e, sob a orientação da professora, faz exercícios de respiração, alongamento e, por fim, recebe uma espécie de massagem nos pés pelas ondas.

O programa também visitou Piratuba, cidade de Santa Catarina localizada na região do Vale do Rio do Peixe, onde há uma grande concentração de fontes de águas termais. Por isso, o roupão é a vestimenta mais comum porque os visitantes passam a maior parte do tempo debaixo d’água nos tratamentos à base da hidroterapia. Ao final da viagem, uma animada festa acontece para escolher quem estava mais elegante com o “traje de gala” típico.

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