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Jorge Aragão se emociona ao contar sobre tratamento contra câncer em entrevista

Zo Guimarães

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Jorge Aragão deu entrevista ao programa Fantástico que foi ao ar no último domingo, dia 13. O cantor se apresentou em Madureira, na semana anterior, em seu primeiro show após o início do tratamento contra um linfoma linfoma não Hodgin -câncer no sistema linfático descoberto em julho deste ano.

Na entrevista, Aragão falou sobre o processo pelo qual tem passado nos últimos meses. "Já fiz a segunda quimioterapia. Quando eu entro numa máquina dessas de ficar muito tempo -mais de uma hora fazendo exame-, só a música que me abraça, que me envolve. É um cobertor.", disse o músico na ocasião.

Ainda sobre o papel da música no seu tratamento, Jorge Aragão falou sobre a sensação de voltar aos palcos. "A gritaria que eu ouvia, a energia que subia, o pessoal ficou muito tempo gritando, numa cama de orações e energias boas, muito forte para mim. Me fez caminhar até a frente do palco. Ali eu não aguentei -eu estou vivo!". Os médicos do músico permitiram que ele continuasse se apresentando durante o tratamento, que deve levar 5 meses para ser concluído.

Ao tirar o gorro e mostrar a cabeça raspada, Aragão se emocionou. A jornalista Renata Ceribelli, que conduziu a entrevista, perguntou se aquele sentimento lhe fazia bem. "Faz bem, faz bem. Esse sou eu. É um renascimento, Renata", respondeu o cantor.

No final da entrevista, o artista ainda cantou à capela um trecho de sua nova música. "Estou de cara com esse amor / surreal devastador / na real passei por nada igual, nem perto / digamos que eu venha a sofrer / faz parte, quero nem saber / nao sei se dá pra perceber / to tão feliz, chega a doer.", diz a letra.

Jorge Aragão mantém sua agenda de shows.

SOBRE O LINFOMA NÃO HODGKIN

Outras figuras conhecidas também já receberam o diagnóstico da doença. É o caso dos atores Reynaldo Gianecchini, Edson Celulari e Michael C. Hall, da ex-presidente Dilma Rousseff e da dramaturga Gloria Perez.

Há mais de 20 tipos diferentes do linfoma não Hodgkin. Após diferentes exames capazes de detectar a doença, os médicos avaliam se é indolente, de crescimento relativamente lento, ou agressivo, que se desenvolve rápido.

Entre os sintomas, estão inchaços nos gânglios linfáticos —na região do pescoço, virilha e axila—, febre, dor de barriga ou no corpo, perda de peso, aumento do volume do tórax e do abdômen, tosse e falta de ar.

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