A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor.
A informação é de uma nova pesquisa da Nielsen em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, que computou os dados até o último dia 7 de novembro. Foram vendidos 43,9 milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41,9 milhões de exemplares.
O faturamento das editoras nos dez primeiros meses deste ano foi de R$ 1,83 bilhão. No ano passado inteiro, a receita correspondeu a R$ 1,74 bilhão, ou seja, menor em R$ 90 milhões.
Quando se faz a comparação exata entre os períodos, pondo lado a lado as janelas de janeiro a outubro de ambos os anos, o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o mercado editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com números favoráveis.
Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar as vendas. O desconto médio acumulado neste ano foi de 24,6%, contra 21,9% do ano passado.
Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigantes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros recém-lançados.
A pandemia também fez os ebooks darem um salto significativo, com as vendas subindo 83% no ano em que o coronavírus começou a mudar a rotina dos brasileiros.