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Músico do Raça Negra é motorista de Uber nas horas vagas

Reprodução

O grupo de samba Raça Negra foi um dos conjuntos que mais fez sucesso no Brasil nos anos 90. Eternizou sucessos, embalou romances, resiste após 30 anos de carreira e um de seus integrantes, o percussionista Fernando Alvez de Lima, trabalha agora, também, fazendo a alegria de quem transporta.

Sim, há cinco meses Fernando Monstrinho, como é conhecido, divide o tempo entre a carreira artística e o trabalho como motorista de Uber. Segundo ele, é muito bom estar em contato com o público diretamente, pois percebe que por mais que o tempo tenha passado, o Raça Negra ficou na memória do povo.

"Dificilmente você encontra uma pessoa que diz que não conhece. O único que me disse que não conhecia foi um nigeriano, mas depois, por incrível que pareça, tocou 'É Tarde Demais' no rádio e ele falou que já tinha ouvido", explicou Fernandinho ao jornal Folha de São Paulo.

Entretanto, engana-se quem pensa que o músico revela o segredo logo de cara. "Procuro não falar direto que sou do Raça Negra. Mas, quando eu falo que sou músico, as pessoas ficam curiosas", explica. Depois de ter a identidade revelada, se o ciente pedir, além de água e balinhas, ainda pode receber uma palinha. Mas o músico adverte: “eu falo antes que não sou o cantor, mas dá para quebrar o galho”.

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