Assistir a shows na Praça do Coreto, caminhar até o palco montado no Mercado Municipal e, depois, pegar algumas apresentações nacionais na Praça de Eventos. Tudo envolta à paisagem acentuada da cidade de Goiás. É esse o convite da 24ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), que segue com agenda gratuita até o domingo (18), na antiga capital.
O evento, que se consolidou no calendário cultural do Estado, deseja reposicionar o festival de cinema com atrações musicais de todo o País. A partir desta sexta-feira (16), o Fica começa a receber shows nacionais em um palco montado na Praça de Eventos, próximo ao Mercado e ao Rio Vermelho. A ideia é fazer com que goianos de todos os cantos possam ocupar a cidade.
Com voz e timbre graúdos, Maria Rita é a primeira grande atração do fim de semana. A artista, filha de Elis Regina, lançou neste ano o disco Samba da Maria, uma gravação ao vivo com os maiores clássicos da carreira. Há, por exemplo, Sorriso Aberto, O Mestre Sala dos Mares e Cara Valente. A cantora promete trazer o show para a sua estreia no Fica. Ela sobe ao palco às 22 horas.
A aglutinação musical é a marca cativa do festival. Além do samba de Maria Rita, no sábado (17) o rapper Criolo faz a grande apresentação de 2023 do Fica. O músico, um dos grandes artistas da última década e que encabeçou uma enxurrada de hits, também faz sua estreia no evento e quer colocar todo mundo pra cantar o seu Sobre Viver (2022), último disco lançado no streaming.
No domingo (18), dia de premiação no Cine Teatro São Joaquim, quem encerra as festividades do Fica é a Orquestra Filarmônica de Goiás em show especial com participação de Wanda Sá e Roberto Menescal. A ideia é fazer uma homenagem à bossa nova e à MPB.
Goianidades
Ao longo de todo o final de semana, atrações regionais criam conexões com os palcos paralelos montados em pontos específicos da cidade de Goiás. É o caso, por exemplo, do Palco do Mercado, que traz nomes de artistas como Maduli, no sábado, e Maria Eugênia, Ricardo Leão e Luiz Chaffin no domingo.
Na Praça do Coreto, artistas vilaboenses apresentam seus trabalhos, muitos inéditos, e apostam no trânsito entre as artes. Além de música, há declamações de poesias, performances e apresentações cênicas. Já na Livraria Leodegária de Jesus, no Mercado, uma agenda mescla literatura e contação de histórias.
Confira sugestões gratuitas do que fazer no final de semana da 24ª edição do Fica
EXPOSIÇÃO NO PALÁCIO
Uma exposição de artes visuais integra a programação oficial do Fica. A Galeria de Artes Goiandira do Couto, no Palácio Conde dos Arcos, abre suas portas para uma mostra que reúne trabalhos inéditos de artistas como André Felipe Cardoso, Emiliano Freitas, Nata Cristina e de estudantes do Instituto Federal Goiano.
COM VOCÊS, JOÃO MOREIRA SALLES
O documentarista e escritor João Moreira Salles participa pela primeira vez do Fica. O profissional é um dos maiores nomes do documentário brasileiro e integra uma roda de conversa intitulada Arrebalde: Brasil e Amazônia, no sábado (17), às 10h30, no Cine Teatro São Joaquim. No encontro, ele vai falar sobre a Amazônia e de sua experiência de seis meses vivendo na floresta.
TENDA MULTIÉTNICA
Um espaço dedicado à discussão e preservação das tradições indígenas ocupa o Largo do Chafariz. Projeto já consolidado na agenda do Fica, a Tenda Multiétnica alia feira aberta, mesa de discussão e palco para preservação dos povos originários.
ARTESANATO VILABOENSE
Uma feirinha com artesanato de artistas vilaboenses e com quitutes das famosas doceiras de Goiás ocupa o Mercado Municipal durante todo o dia. Há, por exemplo, gostosuras como o pastelinho de Goiás, o bolo de arroz e o doce de leite.
SESSÃO ESPECIAL
Um dos filmes ganhadores do Festival de Cannes deste ano terá sua avant première brasileira no Fica. Trata-se do longa A Flor de Buriti, do português João Salaviza e da brasileira Renée Nader, que retrata a resistência do povo krahô, no norte do Tocantins. A produção será exibida durante sessão especial, no sábado (17), às 20 horas.
FORRÓ DO MORRO
Fora da programação oficial do Fica, o Morro do Macaco Molhado, um dos bares mais tradicionais da antiga Vila Boa e que se firmou como o after de outras edições do festival, está aberto durante os dias de evento. Até domingo, o local convida a todos para cair na pista de dança ao som de forró.