Ana Helena Borges
No próximo sábado (20), o padre Marcos Rogério lança seu segundo livro “Corações ao Alto”, da Editora Petra, com o relato de 10 histórias de curas e milagres que o pároco diz ter presenciado.
O nome dado ao livro, segundo o padre, é um convite para os fieis colocarem o coração e estarem na presença de Deus. “Deixo bem claro no livro que não se trata de histórias inventadas, mas de fatos reais que vivi, escutei e acompanhei”, afirma Marcos Rogério.
O lançamento será realizado às 19h30 durante a 29ª Novena em Louvor a Nossa Senhora da Assunção, no estacionamento do Clube dos Bancários, na Vila Itatiaia, com dedicatórias, celebração de missa presidida pelo autor e show do Diego Fernandes, o qual escreveu o prefácio do livro.
Leia a entrevista completa de Marcos Rogério para o ‘Meu Daqui’:
1 - Porque escrever o livro com depoimentos e testemunhos?
O livro surge da necessidade de registrar as maravilhas de Deus realizada na vida de tantos que foram tocados pelo Senhor. Em um mundo onde as pessoas estão gritando por esperança, onde alguns deixam de acreditar, os depoimentos e testemunhos nos ajudam a perceber que Deus está conosco, e quando o nosso coração está voltado para o alto, podemos ver a grandeza de Deus e a sua manifestação na nossa vida.
2 - Qual foi a história que mais te marcou?
Um livro é um filho. É tão difícil dizer qual história que me marcou mais. Cada história traz um ensinamento, e nos abre para uma experiência diferente. Gosto de todas, mas se tiver que citar uma, o capitulo segundo “O poder de Deus na nossa vida”. Trata-se do filtro de barro.
Foi algo que me marcou muito. Uma senhora com o filho mergulhado nas drogas, e que vê a graça de Deus acontecer através da água, a qual foi abençoada naquele filtro de barro. Deus é muito simples, e seu poder nos surpreende, até mesmo constrange. Na casa daquela mulher pude perceber que a fé pode mover montanhas.
3- Você cita os nomes dos "personagens" ou são adotados outros nomes?
Deixo bem claro no livro que não se trata de histórias inventadas, mas de fatos reais que vivi, escutei e acompanhei. Não mudei os nomes das pessoas, porque elas me autorizaram a citar, e muitas delas deram seu testemunho público na Missa da Misericórdia.
4 - O que os "personagens" tinham em comum?
O mais bonito é perceber que cada ação de Deus se dá quando esgotamos todas as nossas forças. O que todas tinham em comum era o desejo de deixar Deus fazer a vontade dele na vida delas. Elas não pediam curas, ou milagres, mas se abandonavam e diziam: “padre, que seja feita a vontade de Deus na minha vida”. Quando sou capaz de me abandonar e de entregar o meu tudo nas mãos Deus, o milagre acontece.
5 - Qual sentimento, emoção ou pensamento que você espera dos fiéis ao chegarem no fim da leitura?
O meu desejo é que as pessoas compreendam que o coração é o lugar por excelência das verdades, e o nosso sagrado. Quando o coração está voltado para o Alto, percebemos que não estamos sozinhos, que existe esperança, que a fé é o que nos move e nos sustenta, que a cada testemunho lido e rezado os corações se encham de esperança, e que cada leitor se sinta acolhido por esse Pai que é rico em misericórdia.
6 - Como foi o processo de escolha dos depoimentos e testemunhas? Quanto tempo levou?
Rezei e pedi ao Espirito Santo que me ajudasse a escolher os testemunhos que pudessem tocar a vida das pessoas. Não foi fácil escolher. Demorei cerca de 6 meses, mas ao mesmo tempo deixar-se guiar pela vontade de Deus, me faz ter a certeza de que os testemunhos escolhidos vão levar muitas pessoas para uma experiência profunda com a misericórdia de Deus.
7 - Os salmos e orações escolhidos possuem relação com as histórias?
Os salmos surgiram a partir do momento em que eu rezava com as pessoas.
Depois de cada atendimento ou visita, eu pedia para que se rezasse o salmo. Cada salmo traz uma correlação profunda com os testemunhos dados.
8 - Você indica a leitura feita por etapas (história por história a cada dia ou período) ou tudo de uma vez?
Não tem uma sequência a ser seguida. Cada história é independente. O que peço é que o leitor não só leia, mas deixe-se tocar pelas maravilhas que Deus pode fazer nas suas vidas a partir da leitura.
