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Pesquisadores japoneses podem ter criado sorvete que não derrete

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Pesquisadores japoneses criaram sorvetes que 'não derretem'

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Bioterapia do Japão fez uma descoberta que pode mudar o jeito que consumimos sorvetes, com um picolé que não derrete. O mais curioso é que não foi proposital.

O centro em Kanazawa pediu para um confeiteiro fazer uma sobremesa usando polifenol líquido, extraído de morangos. Após usar a substância, porém, o confeiteiro reclamou: um creme à base de leite que ele tinha feito solidificou instantaneamente assim que o polifenol foi adicionado.

Foi nesse momento que os pesquisadores perceberam que haviam feito uma descoberta. "O polifenol líquido tem propriedade que tornam mais difícil que a água e o óleo se separem, então um picolé teria mais facilidade em manter o formato original do creme por mais tempo que o normal e demoraria mais para derreter", explicou Tomihisa Ota, um professor de farmácia na Kanazawa University, que desenvolveu os picolés, ao jornal Asahi Shimbun.

A repórter do jornal testou: em um dia em que a temperatura era de 28 °C, ela segurou o picolé por algum tempo e comprovou que "manteve a forma original" mesmo após cinco minutos no sol - e ainda manteve o sabor agradável. De acordo com o jornal SoraNews, o sorvete consegue ficar sem derreter por até três horas.

Após a descoberta, o centro de pesquisa resolveu comercializar os picolés. Cada sorvete custa 500 yen, cerca de R$ 14. A novidade já está fazendo sucesso no Japão.

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