"Voltar pro seu ex é burrice." A cantora Pocah, 27 anos, não poupa as palavras ao mandar recados diretos em "Passando o Rodo", single que lançou na última sexta-feira e cujo clipe somou mais de 4,4 milhões de visualizações em quatro dias no Youtube. A funkeira, que participou da edição deste ano do Big Brother Brasil, prepara para o início do ano que vem o lançamento de um EP e um álbum --o primeiro de sua carreira.
Também participaram da música as cantoras MC Mirella, Lara Silva e Tainá Costa, com as quais Pocah já havia feito parceria. A letra de "Passando o Rodo" manda um recado para as pessoas que decidem voltar com o ex após um término de relacionamento. "Errar é humano / eu já te disse / mas voltar pro seu ex já é burrice", diz trecho da letra.
"Óbvio que a mulher tem total liberdade para fazer o que ela quiser. Porém, quando nós estamos com nossas amigas, a gente quer o bem delas. A gente fala: 'amiguinha, não volta com esse ex. Se é ex, não tem que voltar para ser atual. Passou, já era'", comenta a funkeira.
"É como se fosse uma conversa entre amigas. É zoação da menina que está sofrendo pelo boy, mas está beijando outros. Até porque, uma coisa não tem nada a ver com a outra", acrescenta a ex-BBB.
Apesar de ter mandado esse recado na letra, Pocah admite que já teve recaída com um ex-namorado. "Só com um ex que eu tinha essa gracinha, mas eu era muito nova, muito imatura. Eu voltei com esse ex depois que a gente terminou, mas nunca mais. Depois disso eu tive mais uns três namorados e acabou, acabou. Cada um segue sua vida."
E, ao contrário do que diz o nome da música, Pocah diz que, na sua vida pessoal, não está "passando o rodo". Isso porque ela está noiva de Ronan Souza, com quem está junto desde 2019. Souza, inclusive, é sócio da cantora e trabalha com ela. "Ele é muito meu amigo, nós somos muito parceiros. Ele me ajuda muito com isso, com clipes, essa coisa toda. A gente sofre tudo junto. Eu amo assim."
PERRENGUES NO CLIPE
O clipe de "Passando o Rodo" foi gravado no fim de novembro em São Paulo. A funkeira conta que pegou um forte resfriado durante as gravações. "A última cena era na água e estava muito frio em São Paulo. Eu gritava de tanto frio que eu estava sentindo. Comecei a espirrar lá mesmo [na piscina]. No dia seguinte foi só leito", lembra.
A artista afirma que participou de todos os detalhes da elaboração do clipe, desde a ideia inicial até a execução. "Na hora de criar, eu troquei de ideia umas 300 vezes. O bom de ser libriana é que tudo é culpa do meu signo", brinca.
Outro problema na gravação foi a chuva. "A gravação era externa e a chuva não parava de cair. Teve que esperar passar. Todo mundo queria mudar a ideia, gravar tudo interno do nada. Eu falei que não iria dar certo. Mas está lindo. É isso que posso dizer. Quanto mais emoção, melhor o resultado. Eu gosto de emoção, senão eu não saio nem de casa."
Ela conta que, para o clipe, se inspirou em vídeos de duas bandas norte-americanas: "When I Grow Up", do Pussycat Dolls, e "Bug-A-Boo", do Destinys's Child (banda que revelou a cantora Beyoncé).
RETORNO AOS PALCOS
No início deste mês, Pocah voltou a fazer shows --as apresentações haviam sido interrompidas por causa da pandemia da Covid-19. "Acho que nós sofremos muito. Todo mundo sofreu, mas a classe da música não poder trabalhar com o que a gente ama foi muito difícil. Mas aprendi muito nesse período e eu ensaiei muito, estudei muito. Tirei todo esse período para poder investir meu tempo livre na minha carreira musical."
"Eu preparei um show totalmente novo, do zero, coisa que eu nunca tinha feito antes. Eu trouxe muito mais qualidade e mais tempo no palco também. Antigamente, os shows de funk eram muito rápidos, curtos. E eu quis apresentar, dar mais de mim, colocar um balé maior. Hoje a gente faz o show com cerca de seis a dez bailarinos. Trouxe mais qualidade para o palco, que é meu lugar preferido", destaca.
Pocah acrescenta que tem tomado cuidados especiais para a retomada das apresentações. "A gente sempre testa a cada ensaio, a cada evento. A gente se cuida muito, segue todos os protocolos. Porque a gente entende que [a pandemia] ainda não acabou. A gente retomou isso da forma mais consciente possível", diz.
Ela afirma que, no show realizado no dia 1º de dezembro em Fortaleza, a entrada só foi liberada para convidados e, mesmo assim, todos tiveram de apresentar teste negativo e carteirinha de vacinação completa.
"Os eventos em que vou me apresentar têm que ter essa segurança para mim, para a minha equipe, para o meu público. Eu penso muito nisso, tanto é que eu prezei em retomar a agenda de shows somente em dezembro, porque estava previsto que a população estaria vacinada até novembro. Então eu quis esperar."
A artista diz que chegou a pegar Covid-19, no ano passado, mas que não teve sintomas fortes. "Eu fiquei bem. Não tive nada muito sério. Não tive problema respiratório, nada. Só perdi o paladar, o olfato. Tive dores no corpo, pouca febre. Não fiquei tão ruim, não. Graças a Deus."
PRÓXIMOS PASSOS
A funkeira fluminense irá lançar no início de 2022 um projeto de verão, que consiste em um EP com algumas músicas - entre elas, "Passando o Rodo".
Outros lançamentos serão feitos nas próximas semanas, mas a artista evitou fixar uma data. Ela informa também que outras músicas do EP também terão clipes.
Após o lançamento do EP, a cantora espera lançar um álbum completo --o primeiro de sua carreira. A data, porém, também não foi informada.