SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Decradi, delegacia que investiga crimes de intolerância no Rio de Janeiro, vai apurar se Will Whitney, produtor e técnico de bateria da cantora Lana Del Rey, cometeu crime de xenofobia ao xingar o Brasil nas redes sociais.
"Acabei de ter o meu iPhone furtado da minha mão por um merda em cima de uma moto. Foda-se este país inteiro. Eles não merecem música ao vivo. Mal posso esperar para ir para casa", escreveu o músico no Instagram. O texto ainda era acompanhado das hashtags #FuckBrasil -vai se foder Brasil-, e #GarbageHumans -lixo de humanos.
Whitney foi roubado em Copacabana, no Rio de Janeiro, após a cantora se apresentar na edição carioca do Mita Festival no último fim de semana. O produtor excluiu a publicação depois da repercussão negativa, e desativou a própria conta do Instagram.
"A experiência realmente me abalou e escrevi o post no auge das minhas emoções. Eu sei que poderia ter acontecido em qualquer lugar, e generalizar sobre qualquer pessoa ou lugar costuma ser injusto", disse Whitney em mensagem encaminhada à reportagem.
"O show no Rio foi incrível, assim como os nossos fãs. Minhas sinceras desculpas aos que se sentiram ofendidos. Estou ansioso por outro grande show em São Paulo", afirmou.
Lana Del Rey se apresenta na versão paulistana do festival neste sábado, dia 3, onde deve cantar sucessos como "Video Games" e "Born To Die".