SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Universo Paralello, festa de música eletrônica criada no Brasil, acabou virando, em uma de suas edições internacionais, alvo da invasão do Hamas a Israel no último sábado (7). O evento serviu de inspiração para o filme brasileiro Paraísos Artificiais.
Do Universo Paralello a festa Shangri-la. O diretor do filme, Marcos Prado, contou ter ido a duas edições do Universo Paralello, festival na Bahia que serviu de inspiração para criar Shangri-la, a festa de arte e cultura alternativa que serve de cenário para os protagonistas do filme.
O que é o Universo Paralello? Universo Paralello é o nome de um festival de música eletrônica nascido no ano 2000. Um dos fundadores é Juarez Petrillo, também conhecido como DJ Swarup. As primeiras edições foram realizadas em Goiás. O evento cresceu e se tornou uma das marcas mais conhecidas da música eletrônica brasileira, em especial do subgênero chamado de psytrance.
Na virada do ano de 2003 para 2004, a Universo Paralello saiu do Centro-Oeste e passou a ser realizada na Bahia, onde acontece até hoje, na praia de Pratigi. Em geral, o evento acontece a cada dois anos. Durante a pandemia, ele foi interrompido, mas agora aumentou a frequência, com edições no fim de 2022 e outra marcada para 2023.
A Universo Paralello é uma rave festa de música eletrônica, geralmente em locais a céu aberto e afastados, que acontecem ao longo de um ou mais dias. Com sua popularização, ela passou a assinar também eventos fora do Brasil. No ano passado, por exemplo, foram anunciadas no perfil oficial do evento "teaser parties" da Universo Paralello no México, Portugal e Espanha.
EDIÇÃO DE ISRAEL DA TURNÊ MUNDIAL DO UNIVERSO PARALELO
O perfil oficial da Universo Paralello também fez, em agosto de 2023, um post para divulgar o evento chamado "Israel Edition - Universo Paralello - World Tour" (em português Edição de Israel - Universo Paralello - Turnê Mundial). O evento estava marcado para a madrugada de sexta-feira (6) para sábado (7). Na véspera, foi divulgada a programação de Djs.
Juarez Petrillo, pai de Alok e criador do evento, e fãs brasileiros presentes relataram o desespero com os mísseis explodindo durante a festa e a fuga dramática enquanto os militantes do Hamas entravam pela fronteira com a Faixa de Gaza, próxima ao local escolhido para a rave.