A medica Thelma Regina Assis, grande campeã do Big Brother Brasil 20, revela que descobriu ser adotada aos 14 anos, depois de receber uma ligação anônima. Em entrevista à revista Marie Claire, a vencedora do reality diz que a sua mãe planejava conversar sobre o assunto quando ela fizesse 18 anos.
"Mas eu desconfiava desde os 7 anos. Na minha certidão de nascimento estava escrito 'nasceu em casa'. Sempre perguntava como tinha sido, se chamaram parteira... Minha mãe dizia que eu havia nascido do coração dela -o que eu entendia como uma maneira de ela dizer o quanto me amava. Só depois soube que minha progenitora não podia cuidar de mim e acabou me doando. O telefonema anônimo era para me deixar rebelde, mas sou uma pessoa muito resiliente. No dia, sentei com minha mãe e falei que o que eu mais precisava era de amor e carinho e isso eles me deram", relatou.
Thelma é a capa da edição de novembro da revista, que chega às bancas na próxima semana. Em outro trecho já divulgado da entrevista, ela diz que foi criada em uma "sociedade estruturalmente racista, com minha mãe dizendo que eu tinha que ser a melhor em tudo".
"Sempre precisei provar minha capacidade e foi minha determinação que fez com que eu me formasse em medicina com bolsa integral pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). Era a única negra da turma de cem alunos, e fui a única durante meus 15 anos de balé clássico. Só no Miscigenação, grupo de passistas da escola de samba Mocidade Alegre, de São Paulo, divido a cor e os sonhos com meus colegas", afirma.
Thelma também diz que ela é uma médica totalmente fora do perfil do BBB, que até então só tinha mostrado o "estereótipo do médico homem e branco". "Não entrei para levantar bandeiras, mas essas causas fazem parte da minha vida."