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Vaca Amarela reúne mais de 50 atrações de sexta-feira a domingo no Martim Cererê

Divulgação
Urias

Um liquidificador sonoro promete entrar em ação assim que as portas da 22ª edição do Festival Vaca Amarela abrirem nesta sexta-feira (15) no Centro Cultural Martim Cererê. Famoso reduto rock da cidade, até domingo (17), o evento celebra a diversidade da música contemporânea reunindo em três palcos artistas e bandas também de vários outros ritmos, como o rap, trap, funk e eletrônico. Serão mais de 50 atrações entre as já renomadas e novas apostas da cena.

“Foi uma curadoria pensada para englobar diversos estilos musicais em um único festival de três dias. Procuramos convocar artistas já consagrados por boa parte do público, mas na sua grande maioria, são novos talentos”, ressalta o produtor Léo Pinheiro, um dos organizadores do evento. Da programação, ele aponta os artistas Yago Oproprio, Jean Tassy, Irmãs De Pau, Bruna Mendez, Maduli, Maaju, Jiraya Uai, Far From Alaska e Overfuzz como alguns dos destaques para acompanhar na edição.

Desde sua criação, o festival é conhecido e elogiado pela cena alternativa por sempre mesclar na grade nomes consagrados com bandas e artistas locais. Para se ter uma ideia, em 21 edições já passaram pelo evento atrações de peso como Pabllo Vittar, Criolo, Tulipa Ruiz, Emicida, Céu, Fresno e Gloria Groove. Em 2023, a história se repete, com as estreias, por exemplo, de Moara Couto, Capitu, Dan Better, Vetromn, entre outros.

Ainda entre os estreantes, a cantora e compositora Urias (MG) fecha o primeiro dia com a turnê do seu segundo disco da carreira, Her Mind, que traz uma mistura de sonoridades latino-americanas, eletrônica, experimental, trance, dancehall, hip hop e house. Ela já cumpriu agenda pela Europa e integrou festivais renomados, como Primavera Sound e Nômade. Uma curiosidade é que ela esteve pela primeira vez no Vaca em 2017, acompanhando sua amiga Pabllo Vittar.

Quem também pisa pela primeira vez no palco do Vaca é o trio Tuyo (PR), que leva o show Depois da Festa, em um convite para o público partilhar das muitas texturas e possibilidades sonoras da banda, além de cantar junto os hits de discos como Chegamos Sozinhos em Casa (2021), que rendeu uma indicação ao Grammy Latino. Formada por Jean Machado, Lilian e Layane Soares, a sonoridade dos curitibanos faz uma mistura de pop, folk e eletrônico. Em Goiás, eles já tocaram no Bananada, em 2019.

Por outro lado, nomes locais são os grandes veteranos da edição 2023 com mais de dez participações, caso do Overfuzz, formado por Mário Nacife no baixo, Brunno Veiga na guitarra e vocal e Victor César na bateria. Eles se apresentam no domingo ao lado do Sheena Ye. Com a mesma quantidade de presença no Vaca, o Aurora Rules, dos músicos Yuri Lemes (vocalista), Vini Fox e Zeck (nas guitarras), Vitor de Castro (bateria) e Matheus Oliveira (baixo). O grupo será o responsável pelo fechamento.

Novidades
Uma das novidades do festival 2023 é um palco totalmente dedicado ao hip hop e ao rap, por conta da parceria com a Moov FM, do Grupo Jaime Câmara (GJC), que está celebrando um ano de atividade. Durante o Vaca Amarela, a frequência 101.7 FM vai trazer entrevistas e um pouco mais sobre a história dos artistas na programação da rádio. Inà Avessa, Luz Negra, Muralha Separatista, Salu e Wam Baster e a artista goiana Anarkotrans estão confirmados no line up.

Entre os shows mais aguardados do palco Moov está o rapper FBC, nome artístico do mineiro, natural de Belo Horizonte, Fabrício Soares, que colocou o Brasil todo para dançar em 2022, com o álbum Baile, ao lado do beatmaker Victor Hugo de Oliveira Rodrigues, o Vhoor. Ele será o responsável por fechar o segundo dia de festival com canções como Se Tá Solteira, Quando o DJ Toca, Não Dá pra Explicar, entre outras, que colecionou milhares de visualizações em todas as redes sociais.

FBC está na pista também com o novo álbum O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar para Outro Planeta, quinto de estúdio da carreira. Diferente de Baile, o projeto é mais dançante enviesado para o gênero house, uma variação mais eletrônica da disco music. Ao longo de 15 faixas, letras sobre a influência das redes sociais nos relacionamentos, as complexidades das relações atuais e o entendimento de cada um sobre si. Do repertório, Químico Amor e Madrugada Maldita já são singles.

Evento: Festival Vaca Amarela
Datas: Sexta-feira (15), sábado (16) e domingo (17)
Local: Centro Cultural Martim Cererê – Rua Travessa Bezerra de Menezes, Setor Sul
Ingressos: ingressolive.com
Mais informações: @festivalvacaamarela

O início
O Festival Vaca Amarela foi criado em 2001 e a primeira edição foi realizada no Maqna Rock, uma boate que funcionava no Setor Bueno. Foram dois dias de programação com quatro bandas por noite. Um dos nomes que estavam por trás do surgimento do evento na cena roqueira foi o do jornalista Pablo Kossa. “A ideia foi criar um espaço para a minha banda tocar e nisso fomos chamando outras para participar. Fiquei nas dez primeiras edições e passei por todas as funções, de curadoria, produção executiva e artística, divulgação, até assessoria de imprensa”, lembra ele.

O Vaca cresceu e coleciona grandes feitos ao longo da sua história, como a participação de dez bandas na edição especial do evento na Paralimpíada, no Rio de Janeiro, em 2016. Em Goiânia, vários lugares já foram a casa do festival, como o Território Brasileiro, DCE, Jaó Music Hall, Clube Social Feminino, Centro Cultural Oscar Niemeyer e Estação Goiânia. O festival chegou a realizar 19 edições em 19 anos consecutivos. Em 2020, fez uma festa completamente on-line durante a pandemia. Em 2021, passou por um hiato e, em 2022, fez dois eventos levando em consideração o difícil período que passaram todos os artistas e produtores de eventos.

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