Ele está nas rádios e nos streamings, nas dancinhas do TikTok, nos programas de TV, nos palcos e nos stories do Instagram. O fato é que Zé Felipe, que comemora dez anos de carreira neste semestre, celebra um sucesso que só cresce: nos últimos três anos, por exemplo, o artista levou cinco músicas ao topo das mais ouvidas do Spotify, além de outras dez canções no top 5, o que comprova que o seu som é como chiclete na internet.
Aos 26 anos, o goianiense filho de Leonardo nunca deixou de morar em Goiânia e não se imagina vivendo em outro lugar do mundo, como gosta de enfatizar. A primeira vez que Zé cantou em público – o marco inaugural de sua carreira – foi no Domingão do Faustão, na TV Globo. Depois disso, nunca mais parou.
Zé se declara apaixonado por música latina, o que impacta diretamente sua visão como artista. Do sertanejo ao piseiro, do brega ao batidão, nada passa despercebido aos seus olhos. “A nossa cultura é rica e tem artistas e elementos musicais incríveis espalhados pelo Brasil e outros países da América Latina”, explica o músico, que assinou o primeiro contrato com a Sony Music quando tinha apenas 16 anos.
Esposo da influenciadora digital e apresentadora Virgínia Fonseca, Zé foi um dos primeiros artistas a incorporarem as dancinhas do TikTok nas divulgações de seus singles. Daí o sucesso de, por exemplo, Proibido É Mais Gostoso e Não Me Toca, a última em parceria com Ludmilla. Explorando novas batidas no sertanejo, o goiano chegou às paradas de sucesso com My Baby, parceria com Naiara Azevedo e Furação Love. Já o DVD Ao Vivo em Goiânia (2019), o goiano se uniu a outros nomes do sertanejo, como em Medalha de Prata, como Maiara e Maraisa.
Em entrevista ao Daqui, Zé fala sobre as transformações na carreira, o sucesso e a correria para tomar conta das suas meninas, Maria Alice e Maria Flor, e do recém-nascido José Leonardo. “Estou aproveitando essa fase gostosa que eles estão aprendendo tudo, explorando o mundo deles”, completa.
Zé, você nasceu em Goiânia e segue morando na cidade com sua família. Qual relação tem a cidade?
Passei toda a minha vida aqui em Goiânia e não me vejo morando em outro lugar. Eu amo o clima de Goiânia, estar perto da minha família.
Você foi um dos primeiros cantores do sertanejo a adentrarem às dancinhas do TikTok que hoje bombam com vários artistas. Como você enxerga essa mescla das dancinhas com as músicas nas redes sociais?
A música se transforma sempre, mas o mercado mudou principalmente depois da pandemia, a maneira que as pessoas consomem e que chega até elas. As danças são também uma forma de divulgação, e ao mesmo tempo de cativar os ouvintes de uma maneira diferente.
O seu início foi no sertanejo, mas logo mesclou diversos gêneros musicais, como o piseiro, brega, batidão. Para você, quais os caminhos do sertanejo?
Eu curto muito música sertaneja, gosto de moda de viola, do sertanejo mais antigo. Nas festas de família no karaokê só o que rola é sertanejo. Fico feliz em ver o sertanejo ganhando merecido espaço e reconhecimento, é um gênero que o Brasil ama e dá muita oportunidade, principalmente, para novos artistas.
Zé, como você vê esses dez anos de carreira? De uma década para cá, mudou muito a sua ideia de como ser artista?
Nossa, a primeira vez que eu cantei foi no Domingão do Faustão, acredita? Cê tá doido, fiquei nervoso demais, imagina a responsabilidade! De lá pra cá tudo mudou (risos). Amadureci em todos os sentidos, e profissionalmente falando me dediquei a entender sobre o mercado fonográfico, aprendendo como a nossa cultura é rica e tem artistas e elementos musicais incríveis espalhados pelo Brasil e outros países da América Latina. Me apaixonei por música latina e isso impacta bastante em como me enxergo como artista. Sou muito grato a Deus por esses dez anos, pelas conquistas abençoadas, são dois discos de ouro, três diamantes, sete discos de platina, várias canções alcançaram o topo das mais ouvidas. Só gratidão!
Tem pretensões de fazer parcerias ou lançar um disco com canções de seu pai?
No ano passado, eu e meu pai tivemos um reencontro musical depois de seis anos, estava com saudade de cantar com ele. Gravei o álbum Coloca o Capacete com vários ritmos diferentes, a gente gravou a música no estúdio que tenho aqui em casa, chama Fica Aqui, uma bregadeira romântica com o estilo dele, ficou massa demais essa mistura de Leonardo e Zé Felipe. Fora que foi divertido, as resenhas dele, a cachacinha que ele bebe e fica mais solto.
De que forma conciliar a carreira artística com a vida e a correria da paternidade? Tem sido muito intenso?
São as duas coisas que eu mais amo na vida, minha família e a música. Agradeço todos os dias a Deus pelos dois estarem andando bem, com o nascimento do Zé Leonardo e dois Top 1 do Spotify com Louco, Louco e Pra Traí. Mesmo sendo corrido com agenda de show, o tempo que tenho de ficar no estúdio produzindo e estudando, priorizo de estar com as Marias e estar pertinho do Zé Leonardo, aproveitando essa fase gostosa que eles estão aprendendo tudo, explorando o mundo deles.
Zé, como você se enxerga daqui há dez anos?
Eu não me vejo muito diferente de hoje, porque sou muito feliz com a minha família e carreira. Quero ser melhor a cada dia para os meus filhos e minha esposa, me doar ao máximo a toda a minha família, continuar me encontrando na música, espero que meu trabalho possa chegar ainda mais longe. Para esse ano tenho umas coisas prontas e outras ainda em produção, temos pensado bastante em um DVD, faz tempo que isso não acontece, né? Tem muito o que rolar nesses dez anos aí.