Dona de três discos de letras fortes e uma musicalidade afrofuturista (que exalta a cultura africana) – Mundança (2012), Território conquistado (2016) e Trovão (2019) –, a cantora e atriz baiana Larissa Luz, de 32 anos, cresceu em meio a livros e músicas. Filha de uma professora de Português, ela começou a cursar canto e teclado aos 10 anos de idade e integrou a banda Ara Ketu entre 2007 e 2012.
Nesta semana ela falou em entrevista à revista Trip sobre os caminhos que a arte pode abrir e o atual cenário cultural. “A arte aproxima, faz as barreiras sumirem, tem uma capacidade de alcance muito grande. Às vezes a gente fala uma coisa, com discurso, com sentimento, e bate de um jeito. Mas, quando a gente vem com a música, com a melodia, com a dança, com o audiovisual, com o corpo, bate de outro jeito. É um convite muito mais lúdico. A arte reduz um pouco essa dureza das pessoas”, disse.
Ela completou falando sobre o papel dos artistas na transformação social: “A arte é transformadora, é a nossa salvação. É por isso que ela tem sido tão atacada, as pessoas sabem do poder que ela tem. Os artistas usam sua arte como ferramenta política, de uma forma direta ou não.”