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Advogado de médica presa em Goiás suspeita de sequestrar bebê diz que ela está grávida

Divulgação
Claudia Soares Alves, presa suspeita de raptar bebê de hospital

A médica Claudia Soares Alves, de 42 anos, presa suspeita de sequestrar uma recém-nascida em um hospital de Minas Gerais, está grávida, segundo o advogado dela Vladimir Rezende. A médica foi autuada em flagrante por sequestro.

Ela [a médica] está grávida. Está fazendo exames, porque está com sangramentos, uma suspeita de que está abortando”, disse o advogado ao g1. 

O Daqui entrou em contato com a defesa da médica para pedir um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno a até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

A Polícia Civil informou que a médica foi autuada em flagrante nesta quarta-feira (24) após levar uma recém-nascida do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) na noite de terça-feira (23). Um vídeo mostra a suspeitaandando com a bebê após levá-la do hospital.

De acordo com a Polícia Militar, a mulher se identificou como pediatra, entrou na maternidade e pegou a bebê. A criança foi devolvida para a família nesta quarta-feira (24). Um vídeo feito por um parente registrou o reencontro da recém-nascida com os familiares em Uberlândia. As imagens mostram a bebê no colo da esposa do pai da mãe da criança.

Em nota, o HC-UFU disse que já iniciou apuração interna do caso e está colaborando com as investigações. Também ressaltou o "compromisso com o aprimoramento dos processos de trabalho, especialmente com os controles de acesso no hospital para garantir que outro caso como esse não volte a acontecer". A unidade informou ainda que continua acompanhando o caso e dando apoio para a família.

Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram que a médica tinha fraldas, banheira e até uma piscina infantil dentro do carro. Os policiais também encontraram roupinhas da bebê, sapatos e duas bolsas no carro da neurologista. 

Quem é a médica

Claudia é formada em medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e atende como neurologista em Itumbiara. Também é professora na Universidade Estadual de Goiás e na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Nas redes sociais, ela resume a medicina como sua paixão e a docência como uma missão. 

"A medicina é minha paixão. A docência é minha missão e a jornada é minha inspiração", afirma a médica em uma publicação.

Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que "com a finalidade de assegurar sua isenção, não comenta casos concretos" e que "denúncias e queixas relacionadas ao médico no exercício da profissão podem ser apresentadas no Conselho Regional de Medicina do estado onde ocorreram os fatos que pode determinar a abertura de uma sindicância e caso seja confirmada a irregularidade, é iniciado um processo ético-profissional, durante o qual são assegurados o direito à ampla defesa e ao contraditório" (confira a nota na íntegra ao final da reportagem). 

ODaqui entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) e Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) para saber se vão se posicionar sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Nota Conselho Federal de Medicina

"O Conselho Federal de Medicina (CFM) é uma instância de julgamento em grau de recurso. Com a finalidade de assegurar sua isenção, o CFM não comenta casos concretos. Denúncias e queixas relacionadas ao médico no exercício da profissão podem ser apresentadas no Conselho Regional de Medicina do estado onde ocorreram os fatos. 

A partir daí, o CRM pode determinar a abertura de uma sindicância. Caso seja confirmada a irregularidade, é iniciado um processo ético-profissional, durante o qual são assegurados o direito à ampla defesa e ao contraditório. Após, o processo é julgado, sendo que, em caso de condenação, o acusado fica suscetível às penalidades previstas em lei. 

O CFM reitera ainda ser contrário a qualquer tipo de violência ou abuso praticado por médicos e não médicos, entendendo que cabe às autoridades competentes a condução de investigações específicas para apurar responsabilidades na esfera cível e criminal".

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